G'Day, mates!!
Continuando meu trabalho, de escrever sobre as características necessárias para o correto entendimento do melhoramento genético em bovinos de corte, neste capítulo irei contar sobre quais são as características reprodutivas que influenciam nas decisões de seleção.
Quando um produtor assume a responsabilidade de introduzir um programa de melhoramento genético em sua propriedade, certamente está ciente de que, no atual momento, quem não tiver produção em escala e não respeitar as na qualidade do produto, exigidas pelo consumidor, sairá do mercado. Portanto, deve-se dar a maior importância na determinação não só da melhor genética como da genética mais precoce.
A importância da precocidade sexual e da terminação se dá, entre outras características, pelo fato dos animais na fase de cria consumirem cerca de 70% dos nutrientes necessários para se formarem e serem considerados terminados. Portanto, atuar de forma inteligente e econômica é interferir na fase de cria, o que representa um grande efeito para a eficiência do sistema.
Atuar no setor de cria é proporcionar a redução da idade ao primeiro parto além de aumentar a fertilidade das novilhas de primeira cria, elevando-se, desta maneira, a proporção de fêmeas apresentando cio no início da estação de monta aos 15 meses (LANNA, 1996).
A aceleração da maturidade sexual pode ser obtida por meio de diversas técnicas de manejo e, também, atuando-se sobre o rebanho de modo a identificar os animais geneticamente mais precoces através de mensurações do perímetro escrotal dos machos e da idade ao primeiro parto das fêmeas, e futuramente, teremos mais um critério que ajudará na identificação de fêmeas mais precoces. A estimativa dos dias para concepção, mensurado em números de dias gastos pelas vacas para conceberem seus bezerros, contados a partir do momento de introdução das vacas na estação de monta até sua futura concepção. Existe o estudo desta característica na UNESP- Jaboticabal pela Zootecnista Selma Forni sob orientação da professora Doutora Lúcia Galvão de Albuquerque.
Entretanto, a seleção para elevados pesos a idade jovem pode estar correlacionada com uma série de características que podem ser negativas a eficiência do sistema de produção, isto é, o aumento do peso adulto e diminuição da taxa de maturação ( deposição de gordura de cobertura) e, consequentemente, diminuição da precocidade sexual. Nos dias de hoje, é evidente que os produtores devem abater seus animais em função do grau de acabamento ou teor de gordura dos mesmos; descartando a idéia de abater animais muito pesados influenciando negativamente na eficiência de produção.
Resultados obtidos no experimento de seleção de bovinos da Estação Experimental de Sertãozinho, a seleção de animais mais pesados a uma idade jovem resultou na seleção de animais de maior peso adulto. Da mesma maneira, não se deve entender que altos pesos ao nascimento seja um mérito do animal, uma vez que pode causar partos problemáticos (CYRILLO, 1998).
Portanto, animais com altas taxas de crescimento não são, necessariamente, precoces pois, podem ser animais com elevado peso a idade adulta. Para identificar animais efetivamente precoces devemos estudar a curva de crescimento como proporção ao peso adulto.
Para que a curiosidade aflore entre os leitores, irei comentar sobre a curva de crescimento animal no próximo capítulo, e quem sabe, começar a dar algumas dicas mais condisentes sobre a avaliação genética dos animais.
Grande semana para vocês amigos leitores.
Ps- Existe uma grande energia no ar me dizendo que o Brasil passará por uma mudança brusca num futuro não
muito distante. Poderemos ver nosso querido país despontando entre os países mais ricos do mundo!
Trabalhe-mos para isso!
Grande abraço e que Deus nos ajude.
Gustavo Fonseca de Almeida.
