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Minador-dos-citros (Phyllocnistis citrella Stainton) ataca no Estado do Amapá


Aderaldo Batista Gazel Filho

Aderaldo Batista Gazel Filho1

Alexandre Luis Jordão2

1 - Engo Agro, MSc., EMBRAPA Amapá, Caixa Postal 10. CEP 68906-670. Macapá (AP). e-mail: [email protected]

2 - Engo Agro, MSc., IEPA (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá), Rod. JK, km 10 - Macapá (AP), CEP 68912-250, e-mail: [email protected], coordenador do projeto financiado pelo Banco da Amazônia S/A - conv. 2000/212

A citricultura é uma das principais atividades da fruticultura no Estado do Amapá, ficando atrás apenas da bananicultura no que se refere à área plantada. Segundo Anuário.... (2000) em 1998 encontravam-se no estado 406 hectares plantados de laranja e 778 de bananeira. Observa-se de um modo geral, um baixo rendimento no cultivo dos cítricos, contribuindo para isso plantios antigos, não utilização de adubação equilibrada, além da ocorrência de pragas e doenças. Em 1997, em um viveiro de produção de mudas da Embrapa Amapá, localizado no município de Macapá, aproximadamente, 2000 mudas foram descartadas pelo ataque de um agente desconhecido. Nos anos seguintes, percebeu-se um rápido alastramento dos sintomas, atingindo plantas de laranja e ´limão` tahiti em pomares já estabelecidos em vários municípios e em diferentes idades de plantio. Posteriormente, os sintomas foram atribuídos à lagarta minadora-dos-citros (Phyllocnistis citrella Stainton), praga que segundo Chiacchio et al. (1997) é originária do Sul e do Leste da Ásia, sendo que estes mesmos autores relatam que no Ocidente, a praga foi constatada pela primeira vez em 1993, na Flórida (Estados Unidos). No Brasil, foi detectada pela primeira vez em viveiros, na região de Campinas, no Estado de São Paulo (Ataque ......, 1997).

Segundo Chiacchio et al. (1997), o sintoma característico do ataque do minador, é o aparecimento de túneis, minas ou galerias espiraladas ou em serpentinas na face abaxial das folhas, enrolamento do limbo foliar, morte dos tecidos e queda das folhas, sendo que a epiderme foliar no local afetado exibe um aspecto prateado. Apesar de atacar normalmente a face inferior das folhas, em ataques intensos pode também causar danos na face superior. Cônsoli et al. [199-] relatam uma série de plantas hospedeiras para o minador, principalmente da família Rutaceae, como laranjas, tangerinas, limas e limões. Os mesmos autores indicam além das rutáceas, outras famílias como Oleaceae, Loranthaceae, Lauraceae e Leguminosae.

O controle pode ser cultural, químico e biológico.

- Cultural: eliminação de ramos chupões ou ladrões que aparecem continuamente nas plantas cítricas (Chiacchio et al., 1997);

- Químico: Cônsoli et al. [199-] relatam uma série de produtos químicos e extratos vegetais utilizados no controle do minador. Entre os inseticidas, embora alguns não registrados, encontram-se os seguintes produtos: aldicarb, dimetoato, monocrotofós, fention, metil paration, paration e deltametrina. Deve-se observar os preceitos do uso de pesticidas, como riscos à saúde humana, intervalo de carência entre aplicação e colheita, além dos riscos a outros animais presentes na fauna dos cítricos. Como extrato vegetal, os autores acima indicam a utilização de sementes de Azadirachta indica, planta conhecida como nim, e que tem propriedades inseticidas. A pulverização com vertimec associado a óleo mineral pode ser usada como controle químico para o minador (Ataque......, 1997); e

- Biológico: o parasitóide importado Ageniaspis citricola Logvinovskaya, é considerado o mais eficiente no controle biológico do minador-das-folhas-dos-citros, sendo que este parasitóide paralisa internamente as larvas do minador (Chiacchio et al., 1997).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO AMAPÁ. 1998-2000. Macapá: SELAN, v. 42, 2000.

ATAQUE na calada da noite: é o minador-dos-citros. Agrianual, São Paulo, p. 199-200. 1997.

CHIACCHIO, F. P. B.; NASCIMENTO, A. S. do; FERRAZ, M. C. V. D.; CARVALHO, R. da S.; PEIXOTO, C. R. Phyllocnistis citrella Stainton: micromariposa minadora das plantas cítricas, um perigo eminente para a Bahia e Sergipe. Bahia Agrícola, Salvador, v. 1, n. 3, p. 49-58, fev. 1997.

CÔNSOLI, F. L.; ZUCCHI, R. AA.; LOPES, J. R. S. Phyllocnistis citrella Stainton, 1856 (Lepidoptera: Gracillariidae: Phyllocnistinae): a lagarta minadora dos citros. Piracicaba: FEALQ, [199-]. 39p.

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