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Pastagens com baixa produtividade, só adubo resolve o problema?


Amaury Burlamaqui Bendahan

Vários produtores buscam informações para a adubação das pastagens, com o intuito de reformar ou aumentar a produção forrageira, poucos entretanto, têm demonstrado uma preocupação sistêmica para resolução de suas ansiedades.

Se buscarmos aumentar a produtividade de nossas pastagens ou sua recuperação, sem dúvida a fertilização deve ser utilizada, porém, não podemos entender que apenas essa prática resolverá todos os problemas da alimentação do rebanho, o que em muitos casos, a mim relatados, vem frustrando muitos produtores, pois entendem que apenas com a adubação de suas pastagens, teriam resolvido seus problemas.

É indispensável que os produtores entendam, que vários fatores determinam o aumento da produtividade das pastagens, tais como: nutrição da planta, combate a invasoras, respeito ao ciclo da forrageira utilizada, estacionalidade da produção (verão e inverno), momento correto da utilização, tempo de ocupação entre outros.

Primeiramente, é importante a definição por parte do produtor, juntamente com o técnico, de qual será a produção de carne (kg de peso vivo/ha e por animal) que acham conveniente para seu sistema de produção. Institutos de pesquisa e extensão podem orientar nesse sentido, colaborando com um índice médio da região correlacionados ao sistema de produção a ser utilizado.

Após definição da produção e produtividade esperada, é importante um levantamento cuidadoso das áreas efetivas das pastagens e das divisões existentes para definição do manejo das pastagens, além de um planejamento para o controle das plantas não desejáveis dentro das pastagens.

O que é uma pastagem bem manejada ? Bem poderíamos dizer o manejo das pastagens, está ligado ao planejamento e gestão da forragem necessária, no intuito de se obter o máximo de produtividade animal ou por área. E deve também buscar a perenização da pastagem.

Um segundo passo poderá ser a redivisão em pastos menores e o controle da quantidade de animais para não haver excesso de pastejo, prejudicando o desempenho animal e a sobrevivência da espécie forrageira.

Após essas medidas, que podem ser efetuadas concomitantemente, ou em vários anos, principalmente devido à manutenção de fluxos de caixa positivos e sempre priorizando o aumento da capacidade de lotação das pastagens com o incremento de animais no sistema, é que devemos considerar uma maior intensificação na reposição de nutrientes.

É importante dizer que possíveis utilizações de fertilizantes nas primeiras etapas, devem ser direcionadas por técnicos experientes na região, sempre privilegiando a economicidade do sistema.

É essencial um planejamento físico financeiro de toda a atividade, com cronogramas de execução bem definidos, controle rígidos das operações e análises, constantes, dos eventos comparando o planejado com o executado.

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