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Mercado da soja reage a clima na Argentina

Contrato da soja para julho de 2025 fechou a US$ 10,61 por bushel



Foto: Canva

A semana foi marcada por forte movimentação no mercado da soja, com influências climáticas na Argentina, variações nas cotações em Chicago e impactos do câmbio no Brasil. Apesar da estabilidade nos preços internos, o cenário global segue volátil, exigindo cautela dos produtores brasileiros.

A análise é da Grão Direto, que destaca que as chuvas intensas na Argentina continuam atrasando a colheita e afetando a qualidade da soja, pressionando o mercado internacional. Por outro lado, o Brasil mantém ritmo acelerado nas exportações, reforçando sua posição no comércio global da oleaginosa.

Na Bolsa de Chicago, o contrato da soja para julho de 2025 fechou a US$ 10,61 por bushel, com alta de 0,95%. Já o contrato de março de 2026 teve avanço de 1,71%, alcançando US$ 10,70 por bushel. No Brasil, o câmbio sofreu leve recuo de 0,35%, com o dólar encerrando a R$ 5,65, após o governo federal anunciar aumento na alíquota do IOF, gerando instabilidade no mercado.

Para a safra 2025/2026, o cenário é de atenção redobrada. A Grão Direto alerta para o encarecimento dos fertilizantes, com o KCL e o MAP em alta por três semanas consecutivas. A crise geopolítica entre China e Índia elevou a competição global por insumos, pressionando os preços. Além disso, o crédito rural segue caro diante da manutenção da taxa Selic, o que complica o planejamento e a viabilidade econômica das lavouras.

Mesmo com o clima favorável nos Estados Unidos, a análise mostra que as margens negativas dos produtores americanos podem limitar ações de replantio. Já na Argentina, embora as chuvas representem risco, o mercado parece ter precificado boa parte dessas perdas. Os fundos de investimento também influenciam o equilíbrio atual, mantendo posições compradas na soja em grão e no óleo, enquanto realizam vendas no farelo.

O dólar continua sendo um fator determinante para o produtor brasileiro. As incertezas fiscais e o cenário político pré-eleitoral de 2026 contribuem para uma volatilidade cambial que impacta diretamente na precificação da soja. Diante desse contexto, oportunidades de comercialização surgem de forma pontual, exigindo estratégia e acompanhamento constante do mercado.

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