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Embrapa discute qualidade global do algodão goiano em relação ao dos EUA


A qualidade da fibra e o controle do bicudo no algodão goiano são a mola-mestra da terceira edição do evento GOIÁSFIBRA, que começou nesta quinta-feira (21-10), no Centro de Convenções de Goiânia. O evento é realizado por um grupo de 15 entidades que integram a Cadeia do Algodão Goiano.

Um dos pontos altos do evento será a palestra do engenheiro têxtil Ruben Guilherme da Fonseca, da Embrapa Algodão, que fará uma avaliação técnica da qualidade da fibra que está sendo produzida em Goiás, consumida pela indústria têxtil nacional, levando em conta as exigências da indústria nacional e dos mercados globais.

Fonseca comentará, comparando as características da matéria-prima produzida nos Estados Unidos às de Goiás, os levantamentos feitos para a safra 2003/2004, assinalando aspectos inerentes à fibra goiana que devem ser alvo de melhorias frente àquela produzida pelo principal exportador do planeta.

Para o especialista, as informações geradas pelos estudos já desenvolvidos permitem aos produtores e indústrias ampliar sua capacidade de competição e fazer mais e melhores negócios, tanto com os processadores nacionais, quanto com a industria têxtil mundial.

O algodão goiano leva desvantagem em dois aspectos: comprimento de fibra e contaminação. Apesar da recente vitória na Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação aos subsídios agrícolas praticados naquele país, a cotonicultura dos EUA conta com barreiras tecnológicas, que asseguram seu domínio de mercado, comenta Ruben Fonseca.

Ele diz que, por outro lado, o algodão produzido em Goiás possui vantagens que, apesar de serem de alto interesse do ponto de vista do processamento têxtil, não têm tido um impacto comercial mais relevante por não serem objeto de prêmios. O índice micronaire (indicativo do complexo finura / maturidade da fibra) é um exemplo disso.

O 3º Goiáfibra é uma boa oportunidade para os interessados no agronegócio algodoeiro e segmento têxtil estabelecerem contato com alguns dos melhores especialistas nestas áreas, a exemplo de Miguel Biegai, da Safras e Mercados; José Edílson, da Coteminas; e João Pedro Cuthi Dias, da Bolsa Mercantil e Futuros.

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