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Glifosato: Sem recurso na Suprema Corte dos EUA

"Decisão prejudica a capacidade de confiar nas decisões das agências reguladoras especializadas”, diz Bayer


Foto: Leonardo Gottems

A multinacional agroquímica Bayer sofreu um revés na Suprema Corte dos Estados Unidos na tentativa de encerrar o processo que a condenou a pagar US$ 25 milhões no caso Roundup. Os juízes da última instância norte-americana se recusaram a ouvir um recurso do grupo de origem alemã que questiona a decisão na qual o herbicida, formulado à base de glifosato, foi apontado como causa do câncer do jardineiro californiano Edwin Hardeman.

“A Bayer respeitosamente discorda da decisão da Suprema Corte. A empresa acredita que a decisão prejudica a capacidade das empresas de confiar em ações oficiais tomadas por agências reguladoras especializadas”, disse a Bayer em comunicado divulgado na terça-feira, 21 de Junho. A empresa se referia à decisão da Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana, que havia aprovado o produto para venda nos EUA.

A decisão na última instância norte-americana frustrou o plano da Bayer, que era de reverter a condenação na Suprema Corte e usar isso como argumento para conter a onda de litígios contra o Roundup. Desde que adquiriu a Monsanto em 2018, a multinacional alemã sofre com mais de 30.000 ações judiciais envolvendo o seu mais popular herbicida.

De acordo com o Financial Times, o caminho a ser adotado agora pela multinacional agroquímica deve ser o de buscar “acordos rápidos com futuros reclamantes para evitar litígios prolongados, segundo uma pessoa com conhecimento dos planos do grupo”. A Bayer anunciou no ano passado que deixaria de vender produtos à base de glifosato para consumidores de varejo nos EUA a partir de 2023. Garante, no entanto, que a decisão não afeta a disponibilidade do Roundup para os agricultores.

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