CI

NOAA: Tocantins pode ter registrar 400mm até o fim do mês

Projeção indica chuvas volumosas no MATOPIBA; Ciclone e chuvas recorrentes no Sul e Sudeste


Foto: Freepik

O mês de fevereiro vem sendo marcado pelas chuvas irregulares no Centro-Norte do país. Contudo, as projeções indicam um quadro de chuvas volumosas em algumas regiões, favorecendo o estabelecimento inicial das lavouras de algodão, milho safrinha e feijão.

A primeira metade do mês foi marcada pela ocorrência de chuvas extremamente irregulares no Brasil, especialmente na faixa norte, como em Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Pará, Amazonas e Amapá. Com áreas onde as chuvas foram significativamente mais baixas do que a média para a primeira quinzena do mês.

O Centro-Sul do país também veio registrando chuva abaixo da média, como em áreas do Sul de Minas, São Paulo, leste do Mato Grosso do Sul. Muito embora, alguns pontos receberam chuvas dentro daquilo que seria esperado para a época do ano. Assim como em áreas da região Nordeste, onde há, inclusive, uma tendência de chuvas acima da média para os primeiros 15 dias de Fevereiro.

Mapa de desvio das chuvas. Áreas em amarelo e vermelho indicam setores com chuvas abaixo da média, áreas em azul indicam chuvas acima da média e branco valores dentro daquilo que seria esperado para o período de 15 dias.

Nos próximos 15 dias, prevê-se a ocorrência de chuvas frequentes no MATOPIBA e na faixa sul da região Norte, condição coerente com o comportamento esperado para este período. A região Nordeste também merece atenção especial, pois as áreas que têm experimentado precipitações acima da média devem manter-se sob condições instáveis. Além disso, um ciclone deve auxiliar na formação dos corredores de umidade até pelo menos o dia 22 de fevereiro.

Veja a previsão por região e o mapa de chuvas

Chuva acumulada entre 16 de Fevereiro a 02 de Março.
Fonte: NOAA. Elaboração: Agrotempo.

 

Região Sul

O avanço de pelo menos três pulsos de instabilidades associados à frentes frias, devem favorecer a ocorrência das chuvas na região, com destaque para o meio norte de Santa Catarina e centro-sul do Rio Grande do Sul, onde são esperados alguns pontuais acima dos 200  mm no decorrer do período. Áreas do noroeste do Paraná devem enfrentar um período mais seco – acumulados de até 50 mm – que deve ser acompanhado por temperaturas mais elevadas, aumentando a demanda hídrica das lavouras na região. 

 

Região Sudeste

Boa parte das instabilidades serão provocadas pela influência do ciclone na costa da região, que deve manter os corredores de umidade ativos sobre a região. A projeção do NOAA indica volumes entre os 150 e 200 em áreas do leste de MG, ao passo que são esperadas chuvas entre os 100 e 150 mm nas demais regiões. O oeste Paulista merece atenção especial, pois estão previstas chuvas inferiores aos 50 mm ao longo do período, condição que pode ser acompanhada por uma sequência de dias mais quentes. 

 

Região Centro-Oeste

A influência dos corredores de umidade e o fator termodinâmico – combinação entre calor e umidade – garantem as condições de chuvas na região. Apesar disso, espera-se um período mais seco em áreas do sul do Mato Grosso do Sul, onde são esperados menos de 50 mm de chuva no decorrer do período, com condições de temperaturas perto dos 40°C, aumentando a demanda hídrica na região. Ao mesmo tempo, áreas de Mato Grosso e Goiás podem receber acumulados acima dos 200 mm, sobretudo em setores mais ao norte. 

 

Região Nordeste

As instabilidades associadas à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) se fazem mais presentes ao norte da região. Isso somado aos corredores de umidade devem trazer condições de chuvas abundantes em áreas do Maranhão e Piauí, onde a projeção do NOAA indica mais de 250 mm. Essas garantem os altos níveis de umidade no solo, favorecendo o desenvolvimento inicial das lavouras de milho safrinha e algodão, mas requer mais atenção em relação ao monitoramento fitossanitário. Com as chuvas mais presentes, as temperaturas devem ser mais adequadas para o desenvolvimento das lavouras, embora levemente acima da média para o período. Por outro lado, áreas do nordeste do Nordeste, devem passar por um período mais seco. 

 

Região Norte

As instabilidades devem se concentrar em áreas do sul da região, como no AMACRO, sudeste do Pará e Tocantins. Com destaque especial para o estado do Tocantins, onde a NOAA sinaliza para volumes superiores aos 400 mm no decorrer do período, especialmente em áreas do norte da região. Por outro lado, setores ao norte devem registrar um período mais seco, alinhado com o esperado para a época do ano. Contudo, o norte de Roraima deve registrar um período com chuvas abaixo de 5 mm e o Baixo Amazonas (PA) com chuvas inferiores aos 25 mm. 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.