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28 de outubro - Dia do Produtor de Tabaco

Atividade passou por mudanças e dificuldades nos últimos anos


Foto: Pixabay

 Desde 2012 o dia 28 de outubro é o Dia do Produtor de Tabaco. No Brasil a comemoração ocorre desde 2013. A data foi instituída pela Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (International Tobacco Growers’ Association) pela história do surgimento do tabaco. Em 1492, Cristóvão Colombo navega em direção às Américas. No dia 28 de outubro, dois tripulantes da embarcação visitam o interior do que viria a ser a ilha de Cuba. Eles encontram nativos e testemunham um estranho ritual em que a fumaça de folhas queimadas é inalada através de um tubo. Assim aconteceu a apresentação das folhas conhecidas pelos nativos como Cohiba e que mais tarde seria chamada de tabaco.

Hoje o tabaco é cultivado em mais de 100 países. O maior produtor mundial é a China eo segundo é o Brasil. Por aqui são quase 150 mil famílias produtoras em mais de 297 mil hectares. Na safra passada a produção foi de 664 mil toneladas, que fizeram girar R$ 5,8 bilhões. A maior produção está nos três estados do Sul mas o Nordeste também produz em 7 estados, com 9 mil famílias.

A atividade é basicamente familiar, com mão-de-obra familiar e passa de geração em geração. Avós, pais, filhos e netos na árdua tarefa diária que exige preparo de canteiros, mudas, plantio, manejos contra pragas, doenças e daninhas, colheita, secagem, separação, enfardamento e venda. Nos últimos anos a cultura não tem sido muito amiga do fumicultor. Nas últimas safras a cultura sofre com preços que têm ficado abaixo dos custos de produção. Granizo e geada também são vilões para as perdas.

Mas o setor também se destaca por bandeiras importantes como o combate ao trabalho infantil, encarado de frente há duas décadas. Um desses trabalhos é feito pelo Instituto Crescer Legal, do SindiTabaco, que proporciona oportunidades para que o jovem permaneça e se desenvolva no meio rural. Também se destaca pela preservação ambiental. Recentemente uma empresa fumageira e a Embrapa validaram uma tecnologia de conservação do solo que previne a erosão e pode aumentar em até 20% a produtividade na cultura de tabaco. 

Também é um dos setores onde há mais apoio para diversificação da produção e renda. O Programa Milho, Feijão e Pastagens completou 35 anos com incentivo para o plantio de grãos e pastagem após a colheita do tabaco e representou o incremento de R$ 634,2 milhões na renda dos produtores.

“Nada mais justo que prestar uma homenagem deste porte aos produtores de tabaco do mundo. O Brasil é o segundo maior produtor, é o maior exportador há 27 anos e tem no produtor de tabaco a sua primeira base, um forte elo desta grande cadeia produtiva. São eles que, com as práticas culturais bem aplicadas, fazem com que o Brasil seja referência em produção sustentável, apresentando aos clientes internacionais um produto de qualidade e integridade”, destaca o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.

 
 

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