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Hortas da Regional CIC garantem alimentos para 550 pessoas

Ao todo, 132 famílias cultivam hortifrutigranjeiros nas quatro hortas comunitárias


Natural de Ortigueira, o aposentado Jorge Carlos da Cruz, 79 anos, mora há 42 anos em Curitiba, mas nunca esqueceu do contato com a terra. Ainda menino, na cidade dos Campos Gerais, ele ajudava a família a plantar, principalmente, feijão. Em 1975, ao se mudar para a capital, a rotina na lavoura deu lugar a novas responsabilidades, mas ele sempre guardou o desejo de voltar a cultivar. “Só quando me aposentei, há 13 anos, voltei a plantar e nunca mais parei de colher meus pés de alface, couve, brócolis e repolho”, conta ele, um dos 22 produtores urbanos da horta comunitária Vitória Régia I, que integra a Regional CIC.

Ao todo, 132 famílias cultivam hortifrutigranjeiros nas quatro hortas comunitárias que têm apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Smab) na Regional CIC. Além das 22 famílias da Vitória Régia I, há 58 famílias na Vitória Régia II, 52 famílias na Vitória Régia III e 74 famílias na horta comunitária Itatiaia. “São, ao todo, cerca de 550 pessoas que têm acesso a frutas e hortaliças plantadas para consumo próprio, doadas a quem precisa ou vendidas para moradores da região”, conta Simone Tomiazzi da Silveira, chefe de Núcleo da Smab na regional.

De acordo com Luiz Carlos de Mattos, vice-presidente da Associação dos Moradores da Vitória Régia, as hortas comunitárias ligadas à associação têm, principalmente, uma finalidade terapêutica, de ser uma atividade aos moradores, muitos aposentados, e também é uma forma de diminuir os custos em alimentação para os próprios agricultores e as famílias. “Os produtores urbanos da hortas Vitória Régia I, II e III, que plantam sob linhões da Eletrosul, recebem assistência técnica e acompanhamento dos engenheiros agrônomos da Smab, que também fornece as mudas”, complementa ele.

A artesã Ruth das Graças Barbosa, 58 anos, planta, há 14 anos, alface, almeirão, repolho, couve, cebola, pimentão e morango na Horta Comunitária Vitória Régia II. “Morei muitos anos em apartamento. Eu até tentei ter hortinhas de temperos, mas era difícil. Quando vim para cá, na hora, quis participar do plantio na horta”, recorda ela, que cultiva para consumo próprio e também dá para os vizinhos. “É só chegar aqui e pedir que ganha”, garante a artesã.

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