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Preparo do solo para o transplantio do tomate industrial

Manejo


Foto: Sheila Flores

Transplantio

 

O sistema de transplantio tem como vantagens sobre a semeadura direta o menor gasto de sementes; menor tempo de permanência da planta no campo; redução das despesas com irrigações e pulverizações, e a redução dos níveis de infecção precoce por begomovírus, geminivírus e tospovírus. Entretanto, a produção de mudas tem que ser feita sob rigoroso controle sanitário, para evitar que elas sejam focos de disseminação de pragas e doenças.

 

A introdução do sistema de transplantio de mudas viabilizou, ainda, a utilização de cultivares híbridas, cujas sementes têm custo muito superior ao das cultivares de polinização aberta. As principais atividades envolvidas nessa operação são:

 

 

Preparo do solo para o transplantio

 

Existem várias opções de preparo do solo e a escolha depende de diversos fatores como a época de plantio e o sistema a ser adotado (manual ou mecanizado), disponibilidade de equipamentos, textura e grau de compactação do solo.

 

Em áreas plantadas nos meses de fevereiro e março, períodos de freqüentes chuvas na região do cerrado central, pode-se realizar o plantio direto (SPD) ou plantio na palha, para evitar erosões e perdas de mudas (Figuras 1 e 2). Em plantios realizados nos meses de abril, maio e junho, normalmente menos chuvosos, considera-se a opção de realizar o preparo convencional no solo.

 

Uma prática bastante comum observada entre produtores de Goiás é a aplicação do rolo compactador após a passagem da adubadeira para que se destruam os torrões provocados por ela e consequentemente reduzir os descontos e multas aplicados pelas indústrias processadoras de tomate quando a carga possui elevado percentual de terra. A terra aderida ao tomate ou na forma de torrões provoca sérios danos aos equipamentos das fábricas e é importante vetor de patógenos que podem comprometer a qualidade da polpa e demais produtos processados. A Figura 3 demonstra do lado direito a área após a passagem do rolinho (sem grandes torrões). O rolo compactador também pode ser utilizado em pós transplantio, com o mesmo objetivo, diminuir o volume de terra na carga.

 

Com a necessidade de reduzir os gastos com transporte e descontos provocados pelo alto índice de terra durante a colheita, o produtor Celso Martins, da Fazenda Saltador, situada no município de Palminópolis em Goiás, quebrou paradigmas e inovou no preparo do solo. Ao perceber que a transplantadeira levantava torrões e criava sulcos que poderiam aumentar o percentual de terra na colheita, passou a utilizar o rolo compactador liso sobre as mudas logo após o transplantio sistematizando o solo novamente. Em uma pequena área para experimentação, após uma semana, foi observado o desenvolvimento normal das mudas, como se pode observar comparando as Figuras 4 e 5.

 

 

 

 

Após constatar o bom desenvolvimento das plantas o produtor implantou a técnica em outras áreas. Durante a colheita teve uma redução de até 44% do volume de terra sem comprometer a produtividade em comparação com área que não foi utilizado o rolo compactador em pós transplantio.

 

Texto retirado do artigo: Produção de tomate para processamento industrial

 

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