Estádios de desenvolvimento do trigo
Leia sobre os estádios de desenvolvimento da cultura do trigo.

Geralmente, os estádios de desenvolvimento do trigo mais conhecidos são:
- Plântula
- Afilhamento
- Alongamento
- Emborrachamento
- Espigamento
- Florescimento
- Grão em estado leitoso
- Grão em massa
- Grão em maturação fisiológica
- Grão maduro
Existem diversas escalas de desenvolvimento para a cultura do trigo, sendo a mais divulgada a escala de Feekes (1940), modificada por Large (1954), e a escala de Zadoks, Chang e Konzac (1974). A primeira descreve os estádios de forma mais simples, a segunda, mais detalhada, sendo mais usada em trabalhos que exigem maior precisão.
Estádios de desenvolvimento de trigo pela escala de Feekes (1940), modificada por Large (1954).
Código | Estádio |
1 | Plantas recém-emergidas, com uma ou mais folhas. |
2 | Início do afilhamento |
3 | Afilhos formados. Folhas frequentemente enroladas em espiral. Em algumas variedades, as plantas podem ter hábito prostrado. |
4 | Início do aparecimento do pseudocaule. Bainhas foliares começam a alongar-se. |
5 | Pseudocaule (formado por bainhas foliares) fortemente desenvolvido. |
6 | Primeiro nó do colmo visível na base da gema. |
7 | Segundo nó do colmo já formado. |
8 | Folha bandeira visível, mas ainda enrolada. Início do período de emborrachamento |
9 | Lígula da folha bandeira já visível. |
10 | Bainha da folha bandeira completamente desenvolvida. Espigas ainda não são visíveis. |
10.1 | Primeiras espigas visíveis |
10.2 | Um quarto do processo de espigamento completo. |
10.3 | Metade do processo de espigamento completo. |
10.4 | Três quartos do processo de espigamento completo. |
10.5 | Todas as espigas fora da bainha. |
10.5.1 | Início do florescimento. |
10.5.2 | Florescimento completo na parte apical da espiga. |
10.5.3 | Florescimento completo na parte basal da espiga. |
10.5.4 | Final de florescimento, grãos no estádio aquoso. |
11.1 | Grãos no estádio leitoso. |
11.2 | Grãos no estádio de massa (macio e seco). |
11.3 | Grãos duros (difíceis de serem rompidos com a unha). |
11.4 | Maturação de colheita. Palhas secas. |
Fonte: Scheeren, Castro & Caierão, 2015.
Estádios de desenvolvimento de trigo pela escala de Zadoks, Chang e Konzac (1974).
Código | Estádio |
0 | Germinação |
00 | Semente seca |
01 | Início da embebição |
02 | - |
03 | Embebição completa |
04 | - |
05 | Emergência da radícula da cariopse |
06 | - |
07 | Coleóptilo emergido |
08 | - |
09 | Folha no ápice do coleóptilo |
1 | Crescimento da plântula |
10 | Primeira folha através do coleóptilo |
11 | Primeira folha aberta |
12 | Duas folhas abertas |
13 | Três folhas abertas |
14 | Quatro folhas abertas |
15 | Cinco folhas abertas |
16 | Seis folhas abertas |
17 | Sete folhas abertas |
18 | Oito folhas abertas |
19 | Nove ou mais folhas abertas |
2 | Afilhamento |
20 | Somente o colmo principal |
21 | Colmo principal e um afilho |
22 | Colmo principal e dois afilhos |
23 | Colmo principal e três afilhos |
24 | Colmo principal e quatro afilhos |
25 | Colmo principal e cinco afilhos |
26 | Colmo principal e seis afilhos |
27 | Colmo principal e sete afilhos |
28 | Colmo principal e oito afilhos |
29 | Colmo principal e nove ou mais afilhos |
3 | Alongamento |
30 | Pseudocolmo ereto |
31 | Primeiro nó visível |
32 | Segundo nó visível |
33 | Terceiro nó visível |
34 | Quarto nó visível |
35 | Quinto nó visível |
36 | Sexto nó visível |
37 | Folha bandeira recém-visível |
38 | - |
39 | Lígula da folha bandeira recém-visível |
4 | Emborrachamento |
40 | - |
41 | Bainha da folha bandeira em extensão |
42 | - |
43 | Início do emborrachamento |
44 | - |
45 | Emborrachamento completo |
46 | - |
47 | Abertura da bainha da folha bandeira |
48 | - |
49 | Primeiras aristas visíveis |
5 | Emergência da inflorescência |
50 | Primeira espigueta da inflorescência recém-visível |
51 | - |
52 | Um quarto das inflorescências recém-visível |
53 | - |
54 | Metade das inflorescências emergidas |
55 | - |
56 | Três quartos das inflorescências emergidas |
57 | - |
58 | Emergência completa da inflorescência |
59 | - |
6 | Antese |
60 | Início da antese |
61 | - |
62 | - |
63 | - |
64 | Metade da antese completa |
65 | - |
66 | - |
67 | - |
68 | Antese completa |
69 | - |
7 | Desenvolvimento do grão leitoso |
70 | - |
71 | Cariopse aquosa |
72 | - |
73 | Início do estado leitoso |
74 | - |
75 | Estado leitoso |
76 | - |
77 | Final do estado leitoso |
78 | - |
79 | - |
8 | Desenvolvimento do grão em massa |
80 | - |
81 | - |
82 | - |
83 | Início do estado de massa |
84 | - |
85 | Estado de massa mole |
86 | - |
87 | Estado de massa dura |
88 | - |
89 | - |
9 | Maturação |
90 | - |
91 | Cariopse dura (difícil dividir com a unha) |
92 | Cariopse dura (não pode ser dividida com a unha) |
93 | Cariopse soltando-se durante o dia |
94 | Sobre maturação, palha seca e quebradiça |
95 | Semente dormente |
96 | Semente viável com 50% de germinação |
97 | Semente não dormente |
98 | Dormência secundária induzida |
99 | Dormência secundária perdida |
Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo
Referências:
SCHEEREN, P. L.; CASTRO, R. L. de; CAIERÃO, E. Botânica, Morfologia e Descrição Fenotípica. In: SCHEEREN, P. L.; BORÉM, A. Trigo: do Plantio à Colheita. [S. l.]: Universidade Federal de Viçosa, 2015. cap. 2, p. 35-55.