Egito volta a exportar aves após uma década
País retomará atividade no último trimestre após dez anos fora por influenza aviária
Depois de um surto de influenza aviária, em 2006, o Egito voltará a exportar aves no último trimestre deste ano. A doença foi considerada endêmica no país, causada pela cepa H5N8.
Em 2020 o cenário começou a mudar. Em junho o país africano entrou na lista de países com instalações livres de influenza aviária pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Com isso 14 empresas egípcias foram autorizadas a exportar pintos com 1 dia de idade, ovos de mesa, ovos de criação e aves de criação.
O chefe da Divisão de Aves da Câmara de Comércio do Cairo, Abdul Aziz Al-Sayed, disse que várias empresas avícolas egípcias estão se preparando para exportar seus primeiros carregamentos para o mercado saudita em outubro.
Na semana passada, os Emirados Árabes Unidos também permitiriam a retomada das importações de ovos de mesa do Egito, bem como de aves resfriadas e congeladas, após o país adotar um certificado de saúde veterinária. O país também vai importar patos e codornas vivas assim que tiver uma lista completa de granjas livres da doença.
Os investimentos avícolas no mercado egípcio são de cerca de 90 bilhões de libras egípcias (US $ 5,7 bilhões), enquanto existem mais de 55 mil estabelecimentos avícolas no país, empregando 2,5 milhões de trabalhadores. O ministro da Agricultura, Al-Sayed El-Quseir, disse que o Egito lida com cerca de 4 milhões de frangos por dia, com uma produção média anual de 1,4 bilhão de frangos e 13 bilhões de ovos.
O Brasil é um importante parceiro comercial. O Egito representa o 14º principal importador de carne de frango brasileira. Entre janeiro e junho deste ano, importou 39,1 mil toneladas, volume que supera em 27% o total embarcado no primeiro semestre de 2019.