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Produtores e futuro governo discutem assimetrias do Mercosul após diferença de produtos chegaram a 400% no bloco econômico

Ação foi definida em audiência com futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina


As entidades representativas dos três estados do Sul dos setores do arroz, alho, leite, maçã, trigo, uva e vinho vão oficializar demandas urgentes sobre as assimetrias do Mercosul para equipe de transição do governo federal. A ação foi definida em audiência, que contou com a presença da futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e demais lideranças que debateram a participação do país no bloco econômico. O encontro ocorreu na semana passada. As demandas serão encaminhadas para serem implementadas ainda em janeiro pelo futuro governo.

Diferenças tributárias, fiscais, cambiais e ambientais que envolvem o comércio entre as nações foram temas tratados na reunião. Os integrantes das diferentes associações apresentaram os alarmantes dados dessas culturas e as condições desiguais de comércio com os países membros do Mercosul.

Segundo dados apresentados pelas entidades, o custo de produção dos outros membros do tratado de Assunção é bem mais inferior do que o nacional. De acordo com o economista chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), a diferença de preços entre os principais insumos pode chegar a quatro vezes mais “É comum os produtos custarem 100% a mais, mas, em alguns casos, superam 400%”, detalhou. A alta carga tributária brasileira também foi apontada como um dos principais entraves à concorrência entre os membros do bloco.

Tereza Cristina destacou que o governo trabalhará firme para eliminar as injustiças do Mercosul. “Uma coisa positiva que tenho visto neste novo governo é a interlocução entre os diferentes setores. Por isso é importante apresentar todos os problemas que as cadeias do arroz, alho, leite, maçã, trigo, uva e vinho tem enfrentado. Então, precisamos sim, rever o Mercosul, pois ele, hoje, é danoso para o agronegócio brasileiro”, pontuou.
 

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