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Mercado de animais selvagens vivos é foco de doenças

Virologista encontrou outros quatro tipos de coronavírus relacionados ao SARS-CoV-2 na China


Foto: Pixabay

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira, 13 de Abril, o fim da venda de animais selvagens vivos em mercados de comida. De acordo com a organização internacional, essa medida pode prevenir o surgimento e a propagação de doenças.

“Os animais, em especial os animais selvagens, são a causa de mais de 70% das doenças infeciosas emergentes em humanos, muitas delas causadas por vírus novos. Os mamíferos selvagens, em particular, colocam um risco ao surgimento de novas doenças”, indicou a OMS em comunicado conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).

O anúncio veio na esteira do estudo que busca a origem do SARS-CoV-2, o novo coronavírus, que está em andamento numa parceria da OMS com as autoridades de Saúde chinesas. Após a visita de especialistas à cidade de Wuhan, no sudoeste do país asiático, foi divulgado que os locais que comercializam animais vivos e mortos no mesmo espaço foram o foco (provável) da pandemia.

Além da suspensão das vendas, a Organização Mundial de Saúde apela por “melhores regras de higiene e saneamento” nesses mercados tradicionais. O objetivo, de acordo com a autoridade mundial de saúde, é reduzir a transmissão de doenças de animais para humanos e o contágio entre comerciantes e clientes.

SOPA DE CORONAVÍRUS

No mês passado o virologista britânico Edward Holmes e colegas chineses encontraram em morcegos do sudoeste da China outros quatro tipos de coronavírus relacionados ao SARS-CoV-2, além de mais três relacionados ao vírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS). De acordo com o especialistas, trata-se de uma verdadeira “sopa de coronavírus” encontrada em apenas 400 amostras de morcegos coletadas em uma pequena área da província chinesa de Yunnan, a 1.800 quilômetros de Wuhan.

Holmes, pesquisador da Universidade de Sydney (Austrália), foi quem primeiro revelou que as pneumonias diagnosticadas na cidade chinesa de Wuhan eram causadas por um novo coronavírus. ele publicou o genoma completo do SARS-CoV-2 em 10 de janeiro de 2020, o que deu início à corrida que em tempo recorde resultou na produção das vacinas imunizantes disponíveis hoje.

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