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Bunge vê área maior de soja no Brasil em 2009/10

O produtor brasileiro optará por um produto que tem mais liquidez, menor risco e exige menos investimentos


O Brasil deverá cultivar uma área maior com soja na temporada 2009/10 em relação a 2008/09 devido a uma redução nas lavouras de milho e algodão, afirmou o vice-presidente de Nutrientes & Suprimentos da Bunge Fertilizantes, Ariosto da Riva Neto.

"A tendência de modo geral é aumento da área de soja, não aumento da área geral agricultável no Brasil, diminuição da área de milho, diminuição da de algodão e o não aumento da cana", disse ele na sexta-feira (31-07), após evento voltado para o setor de algodão, em São Paulo.

Ele, entretanto, evitou fazer estimativas sobre as safras, ressaltando que a decisão do agricultor sobre o plantio pode ser tomada até setembro.

O executivo destacou que o produtor brasileiro, em um ambiente ainda de crise, optará por um produto que tem mais liquidez, que oferece menos riscos e exige menos investimentos.

"O milho requer muito mais adubo, muito mais defensivo que a soja. E o milho, se quiser travar venda para o futuro, é muito difícil. Já a soja tem mecanismos de travamento da rentabilidade", disse Neto.

O mercado interno de milho, que registrou uma safra recorde no ano passado no Brasil, tem sofrido com a fraqueza de preços diante de estoques volumosos e baixo interesse para exportação no Brasil.

Já o algodão, uma das culturas que mais exige aplicações de insumos agrícolas, encontra no mercado doméstico preços que muitas vezes não cobrem os custos de produção, de acordo com fontes presentes no seminário.

O executivo da Bunge disse ainda que a próxima safra agrícola do País deverá ser cultivada com uma redução de 15% a 20% nos fertilizantes à base de potássio e de 10% no caso dos adubos fosfatados.

"Ainda é reflexo da crise. Por isso, a safra do ano que vem vai depender bastante do clima", declarou ele, observando que embora os preços dos fertilizantes estejam caindo, a indústria de adubos tem trabalhado com estoques baixos após prejuízos registrados no ano passado e, mesmo que haja uma intenção de maior adubação perto da safra, não haverá tempo suficiente para o produto chegar ao agricultor.

O Brasil importa a maior parte do seu consumo de fertilizantes.

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