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Consumo de fertilizante bate recorde

Foi registrado um aumento de 15% na comercialização de fertilizantes no Brasil em 2011


Foi registrado um aumento de 15% na comercialização de fertilizantes no Brasil em 2011. De acordo com a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) foram vendidas 24,5 milhões de toneladas em todo o País. Em Mato Grosso não há números oficiais sobre o volume de fertilizante negociado. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) acompanha somente o preço do produto e aponta que em 2011 houve um  aumento de 19% no valor.


Estima-se que o consumo de fertilizantes nas lavouras de Mato Grosso, no primeiro semestre de 2010, considerado safra passada, tenha sido de cerca de 1,81 milhão de toneladas, isso significou pelo menos 8,78% em relação ao mesmo período de 2009, quando foram consumidas 1,66 milhão de toneladas. Esse número deve ser bem maior em 2011 em função do aumento da área plantada que passou de 6,4 em 2001 para 7,0 em 2012.

Embora não haja números oficiais sobre o volume de fertilizantes comercializados no Estado em 2011, os produtores acreditam que Mato Grosso esteja entre os maiores consumidores do produto. O Estado é o maior produtor de grãos do Brasil e também possui uma das maiores áreas plantadas do país.

O gestor do Imea, Daniel Latorraca Ferreira, explica que o aumento de 19% no preço dos produtos negociados em Mato Grosso impactou cerca de 2,8% o custo operacional de cada hectare plantado com soja, milho ou algodão. “No período entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012 o custo operacional de cada hectare teve uma variação de 12%”.

Há algumas misturadoras de adubo em Mato Grosso, mas de acordo com o produtor Roberto Carlos de Almeida, que produz cerca de 10 mil hectares na região de Sorriso, a 500 quilômetros de Cuiabá, a maior parte dos fertilizantes vem de outros Estados. Segundo ele, no plantio de soja, pelo menos 46% do custo operacional de cada hectare são para o adubo. No caso do algodão essa percentagem é de 37% e no milho chega a 40%.

De acordo com os dados da Anda, o último recorde na venda de fertilizantes foi registrado em 2007, quando foram comercializados 24,6 milhões de toneladas. O produtor Roberto Carlos acredita que esse aumento de 15% reflete a demanda de produtores que estão mais capitalizados. “Assim acabam investindo mais em novas tecnologia para reforçar produtividade”.

Os dados da Anda apontam que a importação de fertilizantes intermediários - composto de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) - usado na mistura para fabricação do produto final, aumentaram cerca de 30%. Passaram de 15,3 milhões de toneladas em 2010 para 19,9 milhões em 2011. Já a produção teve um crescimento mais moderado, registrou apenas 5,6 %, alcançando os 9,9 milhões de toneladas. Os estoques nacionais cresceram 48,5%, chegando a 5,12 milhões de toneladas, nível próximo da marca registrada em 2008, quando o estoque era de 6,4 milhões de toneladas.


A Associação de Misturadores dos Misturadores de Adubo do Brasil (Ama-Brasil) aposta na repetição dos números registrados na safra 2011/2012. A entidade representa mais de 60 misturadores, que respondem por aproximadamente 30% das 19 milhões de toneladas do mercado de fertilizantes do Brasil. Em novembro, a entidade já havia indicado que o volume comercializado no país poderia superar os 28 milhões de toneladas em 2011, uma vez que todos os meses tiveram entregas recordes. Os setores que respondem pela maior fatia do consumo de adubo no país é o cafeeiro e o de grãos. Milho e soja são 2 culturas, que, mesmo com a seca no Sul do Brasil, tiveram grandes áreas de cultivo nesta temporada. O setor da cana-de-açúcar também está entre os maiores com 17% da demanda do adubo no Brasil.

Alguns tipos de adubos

Minerais - são extraídos de minas e transformados em indústrias químicas. São diretamente assimilados pelas plantas ou sofrem apenas pequenas transformações no solo para serem absorvidos. Podem conter apenas um elemento ou mais. Os principais são nitrogênio, fósforo e potássio. Existem também os micronutrientes como  bórax, sulfato de zinco e vários outros que podem ser agregados nos fertilizantes.

Nitrogenados - são compostos químicos que possuem o elemento nitrogênio num formato assimilável pelas plantas. O nitrogênio é encontrado de forma abundante na atmosfera em sua forma molecular (N2). Este formato é inaproveitável à maioria dos organismos vivos. Para tornar-se aproveitável, o nitrogênio deve se transformar

Orgânicos - são resíduos animais ou vegetais de ação mais lenta que os minerais, visto que necessitam transformações maiores, ou seja, precisam ser desmontados em compostos inorgânicos, antes de serem utilizados pelos vegetais. Promove o desenvolvimento da flora microbiana e por conseqüência melhoram as condições físicas do solo, assim, a presença de matéria orgânica acelera a atuação dos adubos químicos.

Verde - são cultivos que se praticam para serem enterrados no solo. Geralmente leguminosas de enraizamento mais profundo. Num solo sem fertilidade pelo uso excessivo e muito afetado pela erosão, às vezes, só pega no 2º ano, assim é recomendado, nesses casos, sementes inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio. Alguns cultivos utilizados são o feijão de porco, feijão guandu, mucuna, feijão baiano e soja.

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