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Entrevista: “TI será parte do pacote de insumos que o produtor consome”

Luiz Tângari, CEO e co-fundador da Strider


O Portal Agrolink entrevistou com exclusividade a Luiz Tângari, que é CEO e co-fundador da Strider. Especialista em tecnologia para agricultura, Tângari explica seu conceito de “agricultura do futuro”, sustentabilidade e o que os avanços tecnológicos trarão para beneficiar a produção rural.

Agrolink - O que é "agricultura do futuro"?

Luiz Tângari - É um novo modo de pensar a agricultura, com a operação vista de um jeito diferente. Ferramentas permitem o produtor tome decisões mais assertivas e use com mais eficiência seus recursos. Novos modos de entrada de dados, como tablets, drones, sensores e redes devem dominar o cenário agrícola nos próximos anos. Toda esta informação converte em menos recursos e mais produtividade. Se no passado a visão era ampliar produção com aumento de área (principalmente nas fronteiras agrícolas) hoje o foco é em ganho de eficiência, produzindo mais na mesma área.

Agrolink - Como a tecnologia pode tornar a agricultura mais sustentável?

Luiz Tângari - O Strider reduz em 10% na media o uso de defensivos em soja, cana e algodão. Outras tecnologias permitem reduzir outros insumos como fertilizantes, combustível. Além de economia, estamos falando de menos impacto ambiental. O aumento de produtividade vai reduzir a pressão para abrir novas áreas.

Agrolink - O que é a Strider? 

Luiz Tângari - Uma ferramenta digital, instalada em tablets, que surgiu em 2013. Permite aos técnicos e produtores do campo o registro fiel de todas as ocorrências que podem influenciar na proliferação de pragas, resultando em controle de alto nível, produtividade e, principalmente, economia de até 15% nos gastos com pesticidas. A Strider, tecnologia genuinamente brasileira que, depois de excelentes resultados aqui, ganha projeção internacional com implementação expressiva nos Estados Unidos.

A solução consiste em monitoramento e controle de pragas, com uso de tecnologia de informação. O software é usado em mais de 800 mil hectares no Brasil e 100 mil acres nos EUA. A ferramenta controla todo o processo de proteção fito-sanitária (pragas e defensivos)

Agrolink - Como essa solução pode racionalizar o uso de pesticidas?

Fazendo o produtor acertar o timming e as doses. No longo prazo, eles entende quais produtos funcionam melhor para ele e quais técnicas de manejo são mais eficazes. 

Agrolink - Como projeta o futuro da agricultura no Brasil e no mundo?

Luiz Tângari - Estamos vendo a oferta de TI ser parte do pacote de insumos que o produtor consome, ao lado de sementes, fertilizantes, defensivos, serviços e máquinas. A automatização vai crescer e permitir reduzir ainda mais a necessidade de mão de obra. Drones e sensores serão frequentes. Num futuro mais distante, teremos robôs e tratores autônomos.

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