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Projeto Sul Competitivo entra na segunda etapa de visitas técnicas

Especialistas visitarão diversas cidades do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina para traçar diagnóstico de cadeias produtivas e gargalos logísticos da região



Especialistas visitarão diversas cidades do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina para traçar diagnóstico de cadeias produtivas e gargalos logísticos da região

Na próxima terça-feira (2/8), o Projeto “Sul Competitivo” inicia a segunda etapa de visitas técnicas. Por duas semanas, uma equipe de especialistas percorrerá diversas cidades do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina colhendo informações das principais cadeias produtivas e gargalos logísticos da região. Secretarias de Estado, empresas, associações comerciais e operadores logísticos serão entrevistados. O projeto é uma iniciativa das federações das indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (FIEP, FIESC e FIERGS), com o apoio da Confederação Nacional da Indústria.


Na primeira etapa de visitas, ocorrida entre os dias 11 e 20 de julho, os especialistas passaram pelas capitais Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis, entre outras cidades, onde fizeram cerca de 80 entrevistas com os mais diferentes setores ligados à produção e distribuição de produtos agrícolas, industriais, florestais e minerais. Nesse primeiro ciclo, também houve trabalho de campo no Uruguai, incluindo Montevidéu, Nueva Palmira (na foz do Uruguai) e Mercedes. Paraguai, Argentina e Chile ainda receberão a visita técnica.

Nesta segunda etapa, além de nova passagem pelas capitais, os técnicos que desenvolvem o estudo visitarão as cidades gaúchas de Campo Bom, Rio Grande, Pelotas e Santa Cruz do Sul; em Santa Catarina, passarão por Chapecó, Tubarão, Imbituba e Itajaí; e no Paraná passarão por Cascavel, Guaraí, Toledo e Campo Mourão.

O objetivo dessas visitas, de acordo com Olivier Girard, que ao lado de Renato Pavan comanda a Macrologística, a consultoria responsável pelo estudo, “é fazer um diagnóstico do que existe hoje para depois apresentar soluções integradas para o transporte de cargas através de portos, aeroportos, ferrovias, hidrovias, dutovias e rodovias”.


A integração técnica dos diversos modais de transporte pode gerar redução de custos logísticos e dar rapidez a todo o sistema de circulação de mercadorias, gerando maior competitividade da região. Há a expectativa, segundo Olivier, de que o diagnóstico, que compõe a primeira fase do projeto, seja concluído em quatro meses.

Cadeias produtivas

Serão analisadas em detalhe as demandas e os principais fluxos logísticos de 18 cadeias produtivas envolvendo produção agrícola, industrial, florestal e mineral. Estão na mira produtos como soja, milho, açúcar e álcool, arroz, trigo e tabaco; atividades como avicultura e pecuária bovina (leite e derivados, couros e peles, calçados); e cadeias como a de adubos e fertilizantes, calcário, carvão, madeira (incluindo papel e celulose, serrados e móveis), ferro e aço, veículos e autopeças (incluindo maquinários agrícolas), eletroeletrônicos, químicos, plásticos, petróleo e derivados. Também serão entrevistadas empresas dos ramos da suinocultura, cerâmica e têxtil. Portanto, serão analisadas carga geral e carga transportada por contêineres.

No radar das visitas técnicas e das propostas de soluções estão todos os modais, incluindo os portos fluviais (como os do Guaíba, no RS); todos os portos marítimos (como Paranaguá, no PR, Itapoá. Imbituba, Navegantes, São Francisco do Sul e Itajaí, em SC, e Rio Grande, no RS); as principais rodovias federais e estaduais; as ferrovias ALL (América Latina Logística), FTC (Ferrovia Tereza Cristina) e Ferropar (Ferrovia Paraná S.A); e hidrovias como a do Guaíba. No transporte por trens, serão estudadas sugestões de criação de várias ferrovias (do frango, do milho e litorânea, além de uma ligação Norte-Sul). No transporte fluvial, será estudada a viabilidade de hidrovias na Lagoa Mirim, nos rios Paranapanema, Uruguai e Paraná, inclusive com a implantação de eclusa na barragem de Itaipu, o que permitiria a estender a navegação até os vizinhos do Mercosul.
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