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Lavouras do RS estão sem pragas, mas com danos da estiagem

A Ferrugem Asiática da Soja, comum em anos chuvosos, não tem encontrado condições ambientais para se instalar nas lavouras nessa safra


Foto: Nadia Borges

Fiscais estaduais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em monitoramento da presença de pragas, nesta semana, na região de Ijuí, constataram que lavouras de soja e milho não apresentam sintomas característicos de pragas como Ferrugem Asiática da Soja, Cigarrinha do milho e presença de plantas daninhas como Amaranthus palmeri (Caruru gigante), Phalaris paradoxa e Circium arvense. No entanto, os engenheiros agrônomos verificaram que todas as lavouras possuem sintomas de deficiência hídrica, por conta da estiagem que atinge o Rio Grande do Sul.

Conforme os dados divulgados pela Secretiaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, os levantamentos fitossanitários feitos pelos fiscais estaduais são de rotina. O diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Felicetti, explica que o monitoramento de pragas destina-se à detecção precoce de possíveis infestações para medidas de controle da disseminação, o que evita danos ainda maiores às lavouras e em locais não infestados.

Durante o levantamento, feito nos municípios de Boa Vista do Cadeado, Cruz Alta, Vista Gaúcha, Ijuí e Três Passos, foi constatado que os cultivos estão com severos danos por estiagem como queda das folhas inferiores e morte de plantas, sendo que muitas lavouras estão com dificuldade de emergir ou em condições inviáveis de cultivo, fazendo com que os produtores reduzam o investimento em manejo de pragas e doenças. Algumas áreas ainda estão em pousio, em função da falta de umidade no solo para semeadura da soja, principalmente.

Verificou-se ainda que a Ferrugem Asiática da Soja, comum em anos chuvosos, não tem encontrado condições ambientais para se instalar nas lavouras nessa safra. Os agrônomos também observaram que, na situação atual do Rio Grande do Sul, há lavouras de soja que apresentam perdas acima de 80%, com municípios decretando o término precoce da safra de soja e milho pela baixa expectativa de produção.

 

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