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Mancha bacteriana da goiaba

(Pseudomonas mangiferae indicae) Culturas Afetadas:

Esta doença encontra-se disseminada em São Paulo nas regiões de Mogi das Cruzes, Campinas, Registro, Itariri, Valinhos, Santa Mercedes, Pindamonhangaba, Jacareí, Auriflama e Santa Isabel. A importância da bacteriose está praticamente restrita aos locais de ocorrência da mesma, onde pode ocasionar grandes prejuízos por inviabilizar a produção dos frutos.

Danos: Surgem nas brotações jovens que começam por exibir murcha, evoluindo para mudanças na coloração das folhas, as quais adquirem tom avermelhado, distribuído irregularmente sobre o limbo foliar. A seguir, ocorre bronzeamento e escurecimento das folhas e de ramos do ponteiro. As nervuras adquirem tonalidade marrom e também evoluem para a seca. De um modo geral, a infecção não progride para as folhas e ramos mais velhos, restringindo-se assim à região dos ponteiros, ocasionando sintomas de “seca dos ponteiros”.

Nos ramos próximos ao ponteiro seco, pode-se observar, através de corte transversal, um ligeiro escurecimento da medula, muitas vezes acompanhado de destruição dos tecidos. Em infecções muito severas, quando ramos novos são comprimidos, ocorre o escorrimento de líquido claro e denso. Ramos, frutos e folhas afetados pela bactéria não se desprendem da planta.

As flores e os frutos jovens também são afetados, ficando escurecidos, secando e tornando-se mumificados. Em geral, acompanham os sintomas de “seca dos ponteiros”, sendo possível também a ocorrência de frutos mumificados sem a observação de sintomas nos ramos e folhas. Plantas afetadas pela bacteriose, ainda que severamente, não chegam a morrer, porém, o prejuízo causado pela perda dos frutos é bastante grande.

Controle: Deve-se basear principalmente no impedimento da chegada e/ou estabelecimento da bactéria nos locais de cultivo de goiabeira, visto a disseminação ocorrer principalmente por mudas. Para tanto deve-se utilizar apenas mudas sadias. Cuidados especiais devem ser tomados com a água de irrigação, principalmente quando em uma mesma região existir mais de um produtor. Como a poda de condução ou desbrota pode servir como agente de disseminação da bactéria dentro da própria cultura, sugere-se a desinfecção de ferramentas de poda a cada mudança de planta, em solução de hipoclorito de sódio na proporção de 1 parte de hipoclorito para 3 partes de água, ou solução de amônia quaternária. Visto que o hipoclorito é um produto oxidante, o operador deve usar luvas, o mesmo ocorrendo para a amônia quaternária. Sugere-se também a limpeza e lubrificação das ferramentas de corte com óleo, pois os produtos podem oxidar as mesmas. A poda deve ser efetuada obrigatoriamente em períodos que não exista orvalho ou água livre sobre as plantas, nas horas mais quentes do dia. Na ocasião da poda, deve-se remover todo e qualquer ramo infectado por fitopatógenos e conduzir a copa de modo a permitir bom arejamento da mesma. Após a poda, recomenda-se a pulverização com fungicidas cúpricos e os ramos podados devem ser imediatamente queimados. Em plantas afetadas pela bactéria, recomenda-se a remoção total dos ramos ou frutos mumificados, podando-os pela base ou o mais distante possível dos locais com sintomas.

Pulverizações preventivas com fungicidas cúpricos podem ser efetuadas. No caso de pomares já infectados, a aplicação de fungicidas deve ser feita a cada 15 dias, lembrando que quando os frutos da goiabeira atingem 3 cm de diâmetro, os mesmos são sensíveis ao cobre. Os ferimentos que surgirem durante o cultivo devem ser protegidos com pasta cúprica. Apenas o oxicloreto de cobre está registrado para uso contra a bacteriose. Com relação a variedades resistentes, foi observada maior tolerância de variedades de polpa branca em relação às de polpa vermelha.

A adubação nitrogenada mostra-se como fator importante na predisposição da planta à bactéria, por permitir a presença de tecidos tenros por períodos mais longos e, conseqüentemente, mais sensíveis a injúria, o que beneficia a penetração do patógeno. O uso de quebra-ventos auxilia na redução das injúrias causadas à planta, sendo, portanto, recomendado.

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