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Ferrugem do colmo

(Puccinia graminis f. sp. tritici) Culturas Afetadas: Trigo

Sinônimo: Puccinia granimis

É considerado um fungo sem grande importância no Brasil, pois a maioria dos cultivares recomendados são resistentes a este patógeno, porém, quando ocorre em cultivares suceptíveis, em áreas que apresentam condições climáticas favoráveis, causa severas perdas por atacar todas as partes verdes da planta.

Esse fungo ocorre nas culturas do trigo, cevada, centeio, triticale e em algumas outras espécies de Poáceas (Gramíneas). A incidência da doença está vinculada a áreas onde há a ocorrência de temperaturas elevadas durante a primavera. Por esse motivo, não ocorre todos os anos em regiões de clima frio.

Danos: O início dos sintomas ocorre dois a três dias após a penetração do fungo, na forma de manchas puntiformes, levemente amareladas. À medida que o fungo se desenvolve, as manchas vão se tornando salientes, aumentam de tamanho, adquirem conformação alongada, no sentido das nervuras, até o rompimento da epiderme e exposição dos uredósporos. Estes são individualmente amarelos e no conjunto pardo-ferruginosos. Os urédios são ovais, alongados ou fusóides, com os bordos elevados, podendo estar isolados ou confluentes sobre o colmo, bainha e lâmina foliar. Posteriormente, quando os tecidos começam a se tornar senescentes, surge um segundo tipo de frutificação, negra, alongada, no local do urédio ou a lado deste, denominado télio, com a mesma disposição da anterior que termina, também, por romper a epiderme. A coloração negra é devida à presença dos teliósporos.

À semelhança do agente causal da ferrugem da folha, este também sobrevive pelo parasitismo de plantas voluntárias. Puccinia graminis f. sp. tritici apresenta inúmeras raças virulentas. A temperatura ótima para o desenvolvimento da doença é 30ºC. O patógeno requer 8-10 horas de molhamento contínuo e temperatura de 18ºC, seguido de um aumento gradual até 26ºC para infectar o trigo.

Controle: A medida preferencial de controle é o uso de cultivares resistentes. No Brasil, os genes Sr 22, 24, 25, 26, 27, 31 e 32 conferem resistência a todas as raças virulentas do fungo. Pode-se utilizar, também, fungicidas sistêmicos do grupo dos triazóis.
 

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