Soja encerra dia em baixa em Chicago
Apesar da queda, o pregão não foi marcado apenas por fatores negativos
Apesar da queda, o pregão não foi marcado apenas por fatores negativos - Foto: Divulgação
A soja negociada em Chicago encerrou a quarta-feira (04) em baixa, pressionada principalmente pelo clima e pela ausência da China nas compras americanas. Segundo informações da TF Agroeconômica, o contrato para novembro recuou 0,91%, ou US$ 9,50 cents/bushel, fechando a US$ 1.031,50/bushel. Já o contrato de janeiro caiu 0,90%, também US$ 9,50 cents/bushel, encerrando a US$ 1.050,00/bushel. No mercado de derivados, o farelo para outubro fechou em baixa de 0,25%, a US$ 277,60/ton curta, enquanto o óleo de soja para outubro recuou 1,57%, cotado a US$ 51,44/libra-peso.
Apesar da queda, o pregão não foi marcado apenas por fatores negativos. O mercado recebeu algum suporte da deterioração da safra norte-americana, já que o USDA reduziu a classificação das lavouras em boas ou excelentes condições para 65%, igualando o nível do ano anterior e sinalizando possíveis impactos na produtividade. Outro ponto positivo foi a confirmação de novas vendas de farelo de soja para as Filipinas, evidenciando uma demanda externa ativa, embora não proveniente da China, que segue ausente e mantém pressão sobre os preços.
A ausência do gigante asiático, maior comprador global da oleaginosa, nos portos americanos, é vista como o principal limitador para uma recuperação mais consistente das cotações em Chicago. Mesmo diante de fundamentos que poderiam sustentar ganhos, como a melhora nos números da moagem de soja nos EUA em julho — que superaram os resultados do mês e do ano anteriores —, a falta de compras chinesas acaba neutralizando esses fatores de apoio. O cenário reforça que, no curto prazo, o mercado seguirá altamente sensível às condições climáticas e ao ritmo da demanda internacional, sobretudo às movimentações da China.
