Soja fecha agosto em alta na CBOT
Os derivados da soja tiveram desempenhos distintos

O mercado da soja em Chicago (CBOT) encerrou agosto em forte valorização, influenciado por preocupações com o clima nos Estados Unidos, maior produtor mundial. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de soja para setembro, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,83%, a US$ 1.036,75 por bushel, enquanto o contrato de novembro avançou 0,62%, a US$ 1.054,50.
Os derivados da soja tiveram desempenhos distintos: o farelo para setembro recuou 0,94%, cotado a US$ 283,60 por tonelada curta, enquanto o óleo caiu 0,54%, encerrando a US$ 51,47 por libra-peso. A valorização do grão foi impulsionada pela falta de chuvas no cinturão agrícola americano, que pode comprometer a produtividade, e também por uma demanda externa que compensou a queda nas compras chinesas oficiais.
Apesar da alta diária, a semana registrou queda: o contrato de soja para novembro perdeu 0,38% (-US$ 4,00/bushel), o farelo caiu 1,7% (-US$ 4,9/ton curta) e o óleo recuou 5,9% (-US$ 3,24/libra-peso) nos contratos de outubro. Essa volatilidade reflete ajustes na demanda global e cortes na safra americana, mantendo o mercado atento às oscilações e aos riscos climáticos.
No acumulado do mês, a soja apresentou forte valorização de 6,6% (+US$ 65,25/bushel), o farelo subiu 5,2% (+US$ 13,9/ton curta), enquanto o óleo registrou queda de 4,75% (-US$ 2,60/libra-peso). Esses resultados mostram como fatores climáticos e comerciais impactam de forma distinta os produtos derivados da soja, influenciando diretamente a estratégia de venda e armazenamento de produtores e exportadores brasileiros.