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Plantio direto e biodiversidade são aliados no manejo sustentável

Manejo agroecológico reduz uso de insumos e melhora controle biológico


Foto: Nadia Borges

O controle de plantas invasoras em lavouras de grãos está avançando com alternativas sustentáveis que dispensam herbicidas. Segundo pesquisas realizadas pela Embrapa, estratégias como cobertura do solo, semeadura direta e rotação de culturas não apenas reduzem a incidência de espécies como tiririca, trapoeraba e picão-preto, como também promovem equilíbrio ecológico e preservação da agrobiodiversidade.

Manejo agroecológico reduz uso de insumos e melhora controle biológico

Em experimentos realizados ao longo de quatro anos no Cerrado goiano, o uso de plantas como crotalária, guandu, mucuna-preta e sorgo vassoura mostrou-se eficiente na supressão das principais invasoras, sobretudo quando associado à semeadura direta. Essa combinação gerou uma redução de até três vezes na incidência de tiririca em comparação ao preparo convencional.

Além disso, o efeito supressor sobre a trapoeraba foi significativamente maior com o uso de crotalária e guandu, evidenciando o potencial dessas espécies na manutenção da cobertura vegetal e no bloqueio da luz, condição desfavorável ao desenvolvimento das invasoras.

Diversidade vegetal contribui para sistemas produtivos mais equilibrados

O modelo de produção avaliado integra práticas que visam à manutenção da biodiversidade, como o uso planejado de cultivos na entressafra e o aproveitamento dos resíduos vegetais como barreira física. Essa diversidade limita o predomínio de uma única espécie invasora, dificultando sua proliferação e reduzindo a necessidade de intervenções mecânicas ou químicas.

Sustentabilidade como pilar do manejo de invasoras

Além dos benefícios agronômicos, as práticas sustentáveis de controle contribuem para a conservação do solo, maior infiltração de água e menor risco de erosão. Também estão alinhadas com políticas de incentivo à agroecologia e ao uso racional dos recursos naturais.

O estudo reforça que o manejo eficiente de plantas invasoras pode ser feito com técnicas acessíveis e baseadas no conhecimento ecológico das espécies vegetais. A adoção desses sistemas exige planejamento, mas oferece ganhos significativos em sustentabilidade, redução de custos e segurança ambiental.

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