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Desemprego: setor agropecuário e administração pública em queda

Apesar das flutuações no mercado de trabalho, o rendimento médio dos trabalhadores aumentou para R$ 3.110, representando um aumento de 1,1% no trimestre e de 4,3% em relação ao ano anterior


Houve uma redução no contingente de trabalhadores agrícolas Houve uma redução no contingente de trabalhadores agrícolas - Foto: Pixabay

No trimestre encerrado em fevereiro de 2024, embora a taxa de desocupação nacional tenha registrado um aumento, os empregos no setor agropecuário mostraram resiliência, conforme indicado pela última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE.

Enquanto a taxa de desocupação atingiu 7,8%, representando um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, o número de pessoas empregadas no país permaneceu estável, totalizando 100,2 milhões de trabalhadores, com um leve aumento de 2,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.

No entanto, é no setor agropecuário que as estatísticas divergem. Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, observa que houve uma redução no contingente de trabalhadores agrícolas, possivelmente associada à diminuição da mão-de-obra em determinadas culturas, como milho e café.

Enquanto isso, outros setores mostraram um padrão sazonal, como a Administração Pública, saúde e educação, que tradicionalmente enfrentam dispensas temporárias devido ao encerramento do ano letivo, mas tendem a recontratar conforme as aulas recomeçam.

Em contraste, o setor de Transportes, Armazenagem e Correio registrou um aumento significativo na ocupação, com 285 mil pessoas a mais empregadas, representando um crescimento de 5,1% em relação ao trimestre anterior. Esse aumento é atribuído ao crescente transporte de cargas e às atividades de logística, que continuam em expansão.

Apesar das flutuações no mercado de trabalho, o rendimento médio dos trabalhadores aumentou para R$ 3.110, representando um aumento de 1,1% no trimestre e de 4,3% em relação ao ano anterior. Este aumento é atribuído a atividades como alojamento e alimentação, que mantiveram uma demanda constante durante o período analisado. No entanto, há preocupações crescentes com o aumento do desalento, com 3,7 milhões de pessoas desalentadas, um aumento de 8,7% em comparação com o trimestre anterior. Este é o primeiro aumento desde o início da série histórica em abril de 2021, durante o auge da pandemia de Covid-19.

 

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