Soja fecha em baixa em Chicago

Segundo informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (data não informada) em queda, pressionados pelo avanço da colheita brasileira, já próxima do fim, e pela boa evolução do plantio nos Estados Unidos. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, recuou 0,41%, ou 4,25 centavos de dólar por bushel, cotado a US$ 10,41. Já o contrato de agosto caiu 0,43%, ou 4,50 centavos, fechando a US$ 10,35 por bushel. O farelo de soja de julho caiu 0,85% (US$ 2,5/ton curta), para US$ 293,00, enquanto o óleo recuou 0,78% (US$ 0,38/libra-peso), encerrando a US$ 48,35.

O cenário baixista foi reforçado por fatores técnicos e fundamentos de oferta. A Conab informou que a colheita da soja no Brasil já atinge 97,7% da área cultivada, número superior aos 94,3% do mesmo período de 2024 e aos 96,3% da média dos últimos cinco anos. Nos EUA, o Departamento de Agricultura (USDA) reportou que 30% da área projetada já foi plantada, desempenho melhor que os 24% registrados na mesma época do ano passado. O clima favorável nas principais regiões produtoras norte-americanas também favorece a aceleração do ritmo de semeadura.

Outro fator que pesou sobre os preços foi o ambiente geopolítico. Em seu briefing diário, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, foi questionado sobre recentes declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmando que manteria as tarifas contra produtos chineses como estratégia de pressão nas negociações comerciais. O retorno dessa retórica protecionista aumentou as incertezas sobre a demanda chinesa por grãos norte-americanos, levando a movimentos de venda técnica durante a sessão.