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Trigo, soja e milho operam em baixa nesta terça

O mercado brasileiro mantém ritmo de vendas na soja



O mercado brasileiro mantém ritmo de vendas na soja O mercado brasileiro mantém ritmo de vendas na soja - Foto: Ivan Bueno/APPA

O mercado agrícola abriu a terça-feira, 2 de setembro, com tendência negativa para trigo, soja e milho em Chicago, refletindo fatores climáticos e comerciais. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo sofre pressão pela entrada de suprimentos do Hemisfério Norte e pelo rápido avanço da colheita de primavera nos EUA. 

Além disso, o relatório trimestral da Abares elevou a projeção de produção australiana para 33,76 milhões de toneladas, acima das estimativas de junho e do USDA, enquanto a consultoria SovEcon aumentou a previsão de exportações russas em 2025/26 para 43,7 milhões de toneladas. No Brasil, a Conab registrou avanço de 9,1% da colheita, frente a 7,7% na semana anterior, abaixo da média histórica de 10,3%.

A soja também opera em baixa em Chicago, pressionada pela ausência de compras chinesas de novos grãos dos EUA, evento raro a poucas semanas do início da colheita. O mercado brasileiro mantém ritmo de vendas, mas a demanda chinesa se volta para Argentina e Uruguai. Os preços do CEPEA mostram leve oscilação: interior do PR a R$ 133,92 (-0,25%) e Paranaguá a R$ 139,97 (+0,29%), refletindo equilíbrio entre oferta e demanda.

O milho registra leve baixa na Bolsa de Chicago, influenciado pelo avanço da colheita no sul dos Estados Unidos, enquanto as exportações aceleradas sustentam os preços. Na B3, os contratos SET25 e JUL26 fecham a R$ 64,99 (-0,50%) e R$ 68,82 (+0,02%), respectivamente, e o CEPEA indica R$ 64,34 (+0,08% dia/mês). A Conab informou que a colheita da safrinha brasileira está em 97% da área, acima da média histórica, mas ligeiramente abaixo de 2024.

A combinação de fatores externos e internos mantém o mercado agrícola em atenção, com preços sensíveis a movimentos de exportação e avanço das colheitas. Analistas reforçam que o cenário global, com maior produção australiana e exportações russas elevadas, tende a limitar quedas mais expressivas nos preços, enquanto o ritmo de colheita brasileiro e a procura internacional continuam determinando ajustes pontuais nas cotações.
 

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