Encontro discute futuro do feijão no Paraná
O Paraná contribui com cerca de 24% da produção nacional
O objetivo foi explorar oportunidades nos mercados interno e externo - Foto: Pixabay
O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE), em parceria com o Sistema Ocepar, organizou um encontro com dez cooperativas paranaenses para discutir estratégias de produção, beneficiamento e comercialização do feijão. O objetivo foi explorar oportunidades nos mercados interno e externo.
O Paraná, sendo o maior estado produtor de feijão do Brasil, contribui com cerca de 24% da produção nacional. Dados apresentados pelo presidente do IBRAFE, Marcelo Eduardo Lüders, revelam que aproximadamente 70 países demandam tipos diversos de feijão, incluindo grandes mercados como a Índia e a China, que mostraram interesse em adquirir feijão brasileiro.
“O projeto Brazil SuperFoods, em parceria com a Apex Brasil, foi apresentado como uma oportunidade para as cooperativas participarem e integrarem a cadeia internacional de Feijão. Nosso objetivo é incentivar os produtores ao plantio, mas, ao mesmo tempo, dar alternativas de escoamento de safra para que eles possam ter mais segurança”, afirmou Lüders.
Na abertura do evento, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou a falta de uma estratégia consolidada para o feijão, ao contrário de outras commodities como soja e milho. Ele enfatizou o potencial das cooperativas em se organizar, com o apoio da Ocepar e do IBRAFE, para uma produção, comercialização e exportação mais planejadas.
O secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, presente na reunião, observou que o consumo per capita de feijão no Brasil tem declinado, caindo de 21 quilos por ano para cerca de 14 quilos per capita. Além disso, ele apontou que o tipo de feijão produzido no estado não encontra tanto espaço no mercado internacional, ressaltando a necessidade de cultivar variedades mais demandadas globalmente.
