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Brasil celebra o Dia do Apicultor e da Biodiversidade

O Dia Mundial das Abelhas ocorreu em 20 de maio


Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (22), o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento divulgou informações sobre a celebração do Dia Mundial das Abelhas, ocorrido em 20 de maio. Esta data, instituída pela ONU em 2017, homenageia Anton Jansa, um esloveno do século XVIII pioneiro nas técnicas modernas de apicultura. A data destaca a crucial contribuição das abelhas não apenas na produção de mel, um superalimento nutritivo, mas também na polinização de diversos alimentos, garantindo a segurança alimentar global.

Com mais de 135 milhões de anos de existência, as abelhas desempenham um papel vital na conservação da vida na Terra, promovendo a reprodução de várias espécies vegetais e aumentando a disponibilidade de frutos e sementes essenciais para os ecossistemas. Há cerca de 20 mil espécies de abelhas no mundo, sendo 3 mil no Brasil. As espécies nativas sem ferrão, como jataí, mandaçaia e borá, são especialmente importantes para a polinização e podem ser manejadas em áreas rurais e urbanas.

Além do Dia Mundial das Abelhas, 22 de maio também é celebrado como o Dia Mundial do Apicultor e da Biodiversidade, uma homenagem aos profissionais que manejam abelhas para produzir mel, geleia real, própolis e cera. Esta celebração ressalta a importância da polinização para a preservação da biodiversidade e a produção de alimentos.

A história da apicultura moderna tem como marco o desenvolvimento do primeiro fumegador de fole por Moses Quinby, em 1873, nos EUA. A data de 22 de maio coincide com a festa de Santa Rita de Cássia, padroeira dos apicultores.

A atividade apícola é fundamental para a geração de emprego e renda, diversificação das propriedades rurais e fornecimento de benefícios sociais, econômicos e ambientais. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, o Brasil conta com 101.947 estabelecimentos dedicados à apicultura e 2.155.140 colmeias, com o Paraná sendo um dos líderes, com 12.941 estabelecimentos e 260.827 colmeias.

Apesar dos desafios como mudanças climáticas, perda de colônias, uso de agrotóxicos, doenças e produtos falsificados, a produção de mel no Brasil permanece importante. Em 2022, o país produziu 60.966 toneladas de mel, gerando um valor bruto de R$ 957,811 milhões, com o Paraná contribuindo significativamente. No entanto, as exportações brasileiras de mel caíram em 2023 devido a diversos fatores, incluindo a pandemia.

No primeiro trimestre de 2024, o Brasil exportou 7.322 toneladas de mel, um aumento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora a receita em dólares tenha caído 18%, atingindo US$ 18,409 milhões. O Paraná ocupou a quarta posição no ranking de exportações, com uma receita de US$ 1,866 milhões e um volume de 765 toneladas.

O estado do Piauí liderou as exportações com US$ 4,308 milhões, seguido por Santa Catarina com US$ 3,249 milhões. Os Estados Unidos foram o principal destino, absorvendo 81% do volume exportado, gerando uma receita de US$ 14,729 milhões.

No Rio Grande do Sul, que foi afetado por enchentes, o estado se posicionou em sexto lugar no ranking exportador do primeiro trimestre de 2024, com uma receita de R$ 1,288 milhões provenientes da exportação de 524 toneladas de mel. Em 2022, o estado foi o principal produtor nacional de mel, com 9.014 toneladas e um VBP de R$ 137,438 milhões, enquanto o Paraná foi o segundo maior produtor com 8.638 toneladas.

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