Oferta restrita e preços firmes: milho ainda trava negociações
No Paraná, o mercado segue lento

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de milho continua enfrentando baixa liquidez e oscilações regionais nos estados do Sul e do Centro-Oeste do Brasil. No Rio Grande do Sul, a oferta segue concentrada nas mãos de produtores mais capitalizados, o que dificulta o acesso ao grão pelas indústrias locais. A maioria das fábricas já garantiu o abastecimento de maio e mira agora os meses de junho e julho. Os preços variam entre R\$ 66,00 e R\$ 70,00 por saca no interior gaúcho.
Em Santa Catarina, o mercado também permanece travado, com forte discrepância entre pedidas e ofertas. No Planalto Norte, produtores pedem R\$ 82,00 por saca, enquanto as ofertas chegam a, no máximo, R\$ 79,00. Apesar da baixa liquidez atual, a colheita surpreendeu positivamente com produtividade recorde, chegando a 9.717 kg/ha — a maior da história do estado. Algumas lavouras do Meio-Oeste superaram os 13.000 kg/ha. No curto prazo, a expectativa é de que o avanço da colheita libere mais milho e melhore as condições de negociação.
No Paraná, o mercado segue lento, com variações pontuais nos preços. Ubiratã registrou queda para R\$ 57,00, enquanto Castro subiu para R\$ 70,00. Já nos Campos Gerais, o milho disponível para entrega imediata chega a R\$ 76,00 FOB. Com a colheita da soja se encerrando, espera-se uma recuperação nas transações de milho, acompanhada pelo aumento da oferta.
Por fim, o Mato Grosso do Sul também apresenta um cenário de lentidão, com o mercado spot pressionado pela aproximação da colheita da segunda safra. Os preços caíram em diversas praças, com Chapadão do Sul e São Gabriel do Oeste marcando R\$ 56,00 por saca, e Dourados, Campo Grande e Caarapó mantendo-se em R\$ 60,00.