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Falta de mão de obra afeta colheita de eucalipto

Produção de eucalipto varia entre regiões do RS



Foto: Pixabay

O cultivo de eucalipto no Rio Grande do Sul apresentou cenário diversificado, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (31). Em Caxias do Sul, a cultura manteve boas condições fitossanitárias, com ações externas ao preparo de áreas, plantios, tratos culturais, colheita, empilhamento e comercialização de toras e lenha. Os preços da lenha variam entre R$ 120,00 e R$ 200,00 por metro estéreo (mst) empilhado, R$ 170,00 a R$ 350,00/mst entregue ao consumidor, e R$ 250,00 a R$ 350,00/mst picado.

Na região de Lajeado, a produtividade das florestas segue baixa, com rendimento em torno de 350 mst por hectare em um ciclo de sete anos. Essa limitação é atribuída ao plantio em áreas de dependência acentuada ou com excesso de umidade. Os agricultores preferem cultivares clonadas, como Eucalyptus dunnii, E. saligna e E. grandis. As principais intervenções realizadas envolveram controle de formigas e limpeza de plantas invasoras. A produção local é voltada para o fornecimento de lenha para serrarias e mercados regionais, incluindo o Vale do Caí, do Taquari e a Região Metropolitana.

A comercialização de carvão tem registrado queda nos últimos meses, com retração mais destacada em julho. Os produtores atribuem o cenário às incertezas do comércio internacional e à redução da demanda. A maior parte da madeira utilizada na fabricação do carvão é proveniente de produções locais, mas os agricultores apontam a falta de mão de obra como principal entrada para a colheita.

Em Passo Fundo, a área de cultivo é reduzida e atualmente está em fase de colheita. A região, que depende da importação de madeira, projeta escassez na oferta de matéria-prima. Os preços médios são vantajosos, com a madeira para serraria sendo negociada a R$ 300,00 por metro cúbico (m³) em floresta em pé, e a lenha de eucalipto entregue à indústria a R$ 120,00/mst.

Já em Pelotas, dados do Anuário de 2024 da Associação Gaúcha das Empresas Florestais (AGEFLOR) indicam a existência de 95.264 hectares implantados com eucalipto, número que permanece praticamente estável nos últimos anos. O valor pago ao produtor varia entre R$ 100,00 e R$ 130,00 por mst empilhado na propriedade. Algumas empresas mantêm programas de fomento voltados para a expansão do cultivo de eucalipto e outras espécies florestais. Desde 2023, os produtores locais voltaram a demonstrar interesse em ampliar essas áreas.

Em Santa Maria, os agricultores estão na fase de reserva de mudas junto com os viveiros florestais, além de realizarem o controle preventivo de formigas, aplicação de corretivos para acidez do solo e preparação das áreas que certificam os transplantes entre o final de agosto e início de setembro.

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