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Pastagens de inverno entram em fase final em várias regiões

Produtores são orientados a antecipar semeadura de forrageiras



Foto: Pixabay

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (21) pela Emater/RS-Ascar, as pastagens no Rio Grande do Sul seguem em estágios variados de desenvolvimento, influenciadas pelas condições climáticas e pelo manejo realizado pelos produtores.

Segundo o documento, no campo nativo ainda há baixa oferta de pastagem, embora a brotação já tenha iniciado. Nas áreas de resteva de soja, a disponibilidade de forragem aumentou. O relatório destaca também a continuidade da semeadura de milho para silagem e os preparativos para os cultivos de verão. “Tem sido recomendada a antecipação da semeadura de forrageiras de verão para reduzir riscos de desabastecimento”, informa o boletim.

As forrageiras de inverno, especialmente as aveias, já apresentam sinais de finalização do ciclo, o que pode diminuir a oferta de forragem no próximo mês. Em Bagé, a maior incidência de radiação solar e a redução das chuvas favoreceram a recuperação das pastagens, anteriormente afetadas por doenças fúngicas, ampliando a oferta de alimento aos rebanhos. Já em Itaqui, o perfilhamento das pastagens de trigo e o rebrote foram lentos, impactados pela entrada precoce e pela alta carga animal.

O relatório também registrou a presença de maria-mole em Alegrete e São Gabriel, o que aumenta o risco de intoxicação em função da baixa disponibilidade de forragem. Em Hulha Negra, beneficiários do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras acompanham o desenvolvimento das lavouras de trigo, que deverão ser destinadas à silagem a partir do fim de setembro.

Em outras regiões, os resultados variaram. Em Caxias do Sul, as condições permitiram o pastejo, e produtores recorreram ao uso de sal proteinado para otimizar a forragem disponível. Em Frederico Westphalen, a melhoria dos pastos, associada ao rebrote, ampliou o tempo de pastejo, enquanto em Ijuí, as lavouras de trigo de duplo propósito estão no último pastejo antes da adubação nitrogenada. Já em Pelotas, as diferenças climáticas entre localidades resultaram em desenvolvimento desigual das pastagens, com prejuízos em áreas de geadas e crescimento intenso em áreas com temperaturas mais elevadas e precipitação.

O boletim ainda aponta que, em Porto Alegre, as pastagens de inverno retomaram pleno desenvolvimento, diferentemente de Santa Maria, onde a nebulosidade afetou o crescimento. Em Santa Rosa, o aumento das temperaturas estimulou o rebrote das pastagens perenes de verão e o azevém apresentou excelente desempenho. Em Erechim, o avanço da radiação solar e das temperaturas elevadas garantiu maior oferta de massa verde, e em Soledade, apesar da recuperação recente, a oferta de forragem seguiu limitada.

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