Raízes bem desenvolvidas são chave na soja
“Monitorar periodicamente a compactação do solo e outras características é essencial"

Um sistema radicular robusto e bem estruturado é fundamental para elevar a produtividade e a resiliência da soja. Segundo Fernando Bonafé Sei, agrônomo e gerente técnico da Novonesis, raízes desenvolvidas garantem maior absorção de água e nutrientes, fortalecem a planta nos períodos de seca e ampliam a capacidade de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), essencial para uma produção mais sustentável.
O especialista destaca que um bom manejo do solo é indispensável. Além da proteção proporcionada pela cobertura vegetal na entressafra, o uso de plantas específicas para melhorar atributos físicos e biológicos do solo é cada vez mais relevante. Isso ajuda na redução da erosão, na conservação da umidade, na melhora da fertilidade e no controle de plantas daninhas.
“Monitorar periodicamente a compactação do solo e outras características é essencial. Observe o estado das raízes, se estão estruturadas para conseguir absorver os macros e micronutrientes, se estão muito superficiais ou profundas. Converse com o seu agrônomo de confiança, ele pode te auxiliar na análise das raízes e recomendar o que precisa ser feito”, afirma.
Por fim, ele recomenda o uso de inoculantes como aliados na formação de raízes mais vigorosas. A inoculação com Bradyrhizobium proporciona aumento médio de 8% na produtividade, enquanto a coinoculação com Azospirillum brasilense pode elevar esse ganho para 16%. Isso se deve à maior exploração do solo pelas raízes, otimizando a captação de água e nutrientes e reduzindo custos com fertilizantes nitrogenados.
“Os inoculantes são uma excelente ferramenta para estimular o crescimento das raízes radiculares e isso promove mais produtividade na soja. Pesquisas mostram ganhos médios na ordem de 8% em produtividade, resultante da inoculação anual da soja com Bradyrhizobium. Já a coinoculação (Bradyrhizobium e Azospirillum brasilense ) pode promover um ganho médio de produtividade de 16%”, comenta o agrônomo.