Trigo segue pressionado
A retração dos produtores nas fixações trouxe um certo alívio ao mercado
A retração dos produtores nas fixações trouxe um certo alívio ao mercado - Foto: Divulgação
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil segue pressionado, especialmente no Rio Grande do Sul, devido à ampla disponibilidade do cereal no estado. Com a demanda interna enfraquecida, muitos corretores estão oferecendo trigo gaúcho para moinhos de Santa Catarina e do Paraná. Os preços FOB variam entre R$ 1.380 e R$ 1.400, chegando a R$ 1.600 no caso de trigos branqueadores, mais frete e ICMS. No mercado disponível, os negócios são pontuais e ocorrem conforme a venda de farinha pelos moinhos, com ofertas entre R$ 1.350 e R$ 1.400 no interior, enquanto moinhos acenam com valores próximos a R$ 1.300.
A retração dos produtores nas fixações trouxe um certo alívio ao mercado, mas a pressão permanece. Além disso, moinhos de Santa Catarina e do sul do Paraná começaram a realizar consultas e cotações. O preço da exportação para dezembro ficou em R$ 1.330, enquanto na pedra de Panambi o valor permaneceu estável em R$ 70,00 por saca.
Em Santa Catarina, o cenário é de negócios pontuais, com trigo gaúcho sendo oferecido a R$ 1.380 FOB mais frete de R$ 120, totalizando R$ 1.500. Os preços da pedra se mantêm estáveis há várias semanas: R$ 78 em Canoinhas, R$ 75 em Chapecó, R$ 79 em Joaçaba, R$ 80 em Rio do Sul e Xanxerê, e R$ 78 em São Miguel do Oeste.
No Paraná, continuam as ofertas tanto de trigo gaúcho quanto de trigo importado. Para a safra atual, há compradores pagando até R$ 1.500 posto moinho, com entrega em julho e pagamento em agosto. Do Rio Grande do Sul, negócios giram em torno de R$ 1.350 FOB, mais frete e ICMS. Já o trigo argentino, com cinco navios já desembarcados, é ofertado entre R$ 1.500 e R$ 1.520 FOB Paranaguá. Para a safra nova, há compradores oferecendo R$ 1.400 para outubro e R$ 1.350 para novembro, porém sem vendedores. Os preços da pedra no estado recuaram 0,30% na semana, fechando em R$ 79,51, reduzindo o lucro médio do triticultor de 8,44% para 8,13%, ainda positivo frente ao custo de produção de R$ 73,53.
