Mercado interno dita ritmo das cotações do milho
Brasil perde espaço no mercado global de milho

Segundo análise do especialista da Grão Direto, divulgada na segunda-feira (1º), mesmo com a colheita recorde da segunda safra, o Brasil deve continuar perdendo espaço no mercado global de milho. “Os Estados Unidos estão prestes a colher cerca de 425 milhões de toneladas, com mais de 19 milhões de toneladas já vendidas antecipadamente para Ásia e Europa”, informou o texto.
A Argentina avança com a colheita praticamente concluída, o que pressiona as exportações brasileiras. Nesse cenário, mesmo diante da grande oferta, o milho nacional não se apresenta como a origem mais barata. No mercado interno, porém, a demanda aquecida sustenta as cotações.
No campo das exportações, o programa segue em ritmo lento, com possibilidade de alcançar 40 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro. “Esse cenário é improvável, mas não pode ser descartado”, avaliou a Grão Direto. As nomeações aumentaram, mas os embarques continuam abaixo da média. Após os atrasos na colheita em junho e julho, o principal entrave passou a ser o alto custo de originação, diante de um farmer selling ainda lento e compradores internos ativos. Nesse ambiente, o câmbio mais baixo e a oferta restrita dos produtores têm sustentado os preços domésticos.
De acordo com a análise, o mercado interno deve continuar definindo as tendências nesta semana. “O milho pode seguir uma tendência de lateralização, sem impactos maiores, no aguardo por fundamentos direcionadores”, apontou a análise.