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Estiagem reduz produtividade da soja

Produtividade da soja cai mais de 38% no Rio grande do Sul



Foto: Pixabay

A colheita da soja alcançou 99% da área cultivada no Rio Grande do Sul, conforme boletim divulgado na quinta-feira (22) pela Emater/RS-Ascar. O ritmo das atividades foi reduzido em razão das chuvas que ocorreram na Metade Sul do Estado, onde ainda restam áreas mais extensas a serem colhidas. A área total cultivada foi estimada em 6.770.405 hectares.

A produtividade média estadual ficou em 1.957 quilos por hectare, valor 38,43% inferior aos 3.179 kg/ha projetados no início do plantio. Segundo a Emater/RS-Ascar, há grande variação entre as regiões. Nas lavouras mais atingidas pela estiagem, os rendimentos chegaram a 1.388 kg/ha, enquanto nas menos afetadas os resultados superaram 3.200 kg/ha.

No Centro-Oeste do Estado, onde os efeitos da estiagem foram mais severos, produtores registraram produtividades próximas de 480 kg/ha. Além das perdas no campo, também enfrentaram descontos por avarias nos grãos durante a comercialização e dificuldades para reservar sementes. O estresse fisiológico causado pelas condições climáticas comprometeu a qualidade do material colhido.

A Emater/RS-Ascar identificou ainda a presença de oídio em áreas colhidas, sobretudo em plantas voluntárias germinadas a partir de sementes remanescentes no solo. O fungo Erysiphe diffusa tem se manifestado com intensidade, mantendo o ciclo da doença ativo no período entre safras. "Essa presença de inóculo pode aumentar a pressão de infecção já no início da próxima safra", alertou a equipe técnica, destacando o risco em anos de clima propício à doença.

Grande parte das áreas colhidas encontra-se em pousio, com baixa cobertura vegetal, o que eleva o risco de erosão e compromete a conservação do solo. Há iniciativas para mitigar esses impactos. “Alguns produtores já iniciaram a semeadura de plantas de cobertura, como aveia-preta e azevém, ou cereais de inverno”, informou a Emater/RS-Ascar. Em determinadas lavouras, estão sendo implantados terraços para contenção da erosão hídrica, além de aplicação de calcário com o objetivo de corrigir a acidez do solo e preparar o ambiente para a próxima safra.

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