Soja encerra pregão em baixa
Esse cenário elevou a aversão ao risco entre os agentes do mercado

A soja encerrou o pregão desta terça-feira (05) em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionada pelo risco de queda na demanda internacional pela oleaginosa e seus subprodutos, segundo informações da TF Agroeconômica. O contrato de soja para agosto, referência para a safra brasileira, fechou estável a US$ 969,00 por bushel.
Já o contrato de setembro recuou 0,41%, ou US$ 3,75, sendo negociado a US$ 971,25. O farelo de soja para agosto caiu 0,07%, fechando a US$ 273,60 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja recuou 1,21%, a US$ 53,84 por libra-peso.
A queda nas cotações foi intensificada pelo temor de retração da demanda global, em meio a tensões comerciais agravadas por novas ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em declarações recentes, Trump afirmou que poderá elevar “muito substancialmente” as tarifas sobre importações da Índia, maior compradora mundial de óleos vegetais, caso o país continue comprando petróleo da Rússia. A China e o Brasil também foram citados como possíveis alvos de medidas similares.
Esse cenário elevou a aversão ao risco entre os agentes do mercado, especialmente diante da já limitada demanda chinesa por grãos de soja dos EUA. A política comercial americana segue demonstrando viés político, o que gera incertezas nas negociações internacionais, abrindo brechas para fortalecimento de parcerias comerciais entre os países do Brics.
Além das tensões tarifárias, a queda no preço do óleo de soja foi outro fator de pressão sobre o mercado. O contrato de setembro do óleo fechou a US$ 1.185,40 por tonelada, com queda de US$ 13,89. O movimento reflete, em parte, a instabilidade gerada pelas ameaças contra a Índia, influenciando negativamente o desempenho do subproduto.