Soja cai levemente; milho sobe com demanda forte
No Brasil, o clima também é favorável ao início do plantio

As cotações da soja em Chicago registraram leve baixa na última semana, com o contrato de novembro fechando próximo à estabilidade em 1.054,5 cents/bushel. Segundo a StoneX, os fundamentos permanecem estáveis, com perspectivas favoráveis para a safra 25/26 dos EUA, que deve alcançar produtividade recorde, embora o USDA tenha revisado a produção para baixo após corte de área.
Apesar de chuvas e temperaturas mais baixas em algumas regiões americanas, as lavouras seguem em condições muito acima da média histórica. No Brasil, o clima também é favorável ao início do plantio, mas o mercado acompanha com atenção possíveis impactos da política de biocombustíveis nos EUA e o ritmo das exportações, principalmente para a China. A ocorrência de La Niña, embora ainda pouco provável, pode trazer riscos de clima mais seco ao Sul do Brasil e à Argentina.
No milho, os futuros registraram nova semana de alta na CBOT, com o contrato de dezembro/25 encerrando a US¢420,25/lb (+2,1%). De acordo com a StoneX, o mercado reage a preocupações com a reta final da safra americana e ao fortalecimento da demanda internacional. Apesar das revisões positivas para a oferta feitas pelo USDA, investidores mantêm cautela diante da expectativa de níveis de produtividade média considerados excelentes.
Na B3, os contratos de milho oscilaram entre estabilidade e baixa, refletindo ajustes nos preços físicos e nos prêmios portuários, que enfraqueceram nos últimos pregões. A combinação de alta demanda externa e fundamentos sólidos segue dando suporte aos preços internacionais, mantendo o setor atento a novos relatórios de produção e condições climáticas. O mercado agrícola continua em foco, com soja e milho mostrando resiliência diante de incertezas climáticas e políticas, enquanto os players acompanham a evolução das safras na América do Norte e o comportamento das exportações latino-americanas.