Soja recua em Chicago com impasse nas negociações
Os derivados também registraram queda

Segundo a TF Agroeconômica, o mercado da soja encerrou a segunda-feira (10) em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT), refletindo a falta de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, recuou 0,12% (US$ 1,25 cents/bushel), fechando a US$ 1056,00. Já o contrato de agosto caiu 0,29% (US$ 3,00 cents/bushel), cotado a US$ 1047,75.
Os derivados também registraram queda: o farelo de soja para julho recuou 0,07% (US$ 0,20/ton curta), a US$ 295,50, enquanto o óleo de soja caiu 0,25% (US$ 0,12/libra-peso), fechando a US$ 47,38. A principal pressão sobre as cotações veio da ausência de propostas concretas na reunião entre negociadores americanos e chineses, realizada em Londres. O encontro se concentrou na questão das exportações de terras raras pela China, sem avanços significativos sobre tarifas ou comércio agrícola.
Outro fator que contribuiu para a queda foi o volume recorde de importações chinesas de soja em maio: 13,92 milhões de toneladas, sendo a maior parte proveniente da América Latina. Isso reforça a preferência chinesa por fornecedores da região, reduzindo a expectativa de incremento na demanda pela soja norte-americana.
Além disso, a previsão de clima favorável nos Estados Unidos para esta semana deve acelerar a conclusão da semeadura e favorecer o desenvolvimento das lavouras, o que tende a manter a pressão negativa sobre os preços no curto prazo. “De acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas da China, as importações de soja em maio atingiram o recorde de 13,92 milhões de toneladas, volume que superou em muito os 6,08 milhões de toneladas registrados em abril, quando a chegada da oleaginosa foi afetada por complicações logísticas e atrasos nos embarques do Brasil”, conclui.