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Sementes sadias garantem produtividade de forrageiras

As plantas forrageiras ocupam cerca de 170 milhões de hectares



As plantas forrageiras ocupam cerca de 170 milhões de hectares As plantas forrageiras ocupam cerca de 170 milhões de hectares - Foto: Divulgação

Segundo artigo de José Otávio Menten, professor sênior da ESALQ/USP e presidente do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), publicado pelo próprio CCAS, as sementes são o insumo mais importante da produção vegetal. Para alcançar o sucesso das lavouras, é essencial utilizar sementes de qualidade, considerando aspectos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários. No entanto, a presença de patógenos nas sementes, especialmente em plantas forrageiras e de cobertura, ainda recebe pouca atenção, apesar de seu impacto direto na produtividade e na sanidade do solo.

As plantas forrageiras, usadas principalmente em pastagens, ocupam cerca de 170 milhões de hectares no Brasil e são a base da alimentação do rebanho nacional. Já as plantas de cobertura são essenciais para a recuperação e conservação do solo, com destaque para seu papel em sistemas como o plantio direto e a integração lavoura-pecuária-floresta. Algumas espécies exercem ambas as funções, aumentando sua importância na sustentabilidade agrícola.

Assim como soja e milho, essas culturas estão sujeitas a doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides, muitos dos quais são transmitidos pelas sementes. A presença desses patógenos pode reduzir os rendimentos em até 15%. Por isso, é fundamental realizar testes de sanidade e aplicar tratamentos adequados nas sementes.

“A agricultura, por sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. Não podemos deixar de lembrar que a evolução da civilização só foi possível devido à agricultura. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa, assim como a larga experiência dos agricultores, seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça”, conclui.
 

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