Caprinos de leite e corte iniciam julgamentos na Expointer
Os julgamentos morfológicos começaram com os caprinos de leite

Dóceis, rústicos e resilientes, os caprinos iniciaram seus julgamentos morfológicos na Expointer nesta segunda-feira (1º/9), na Pista de Leiteiros. Esse ano são 198 caprinos de argola, com um aumento de 61,3% nas inscrições de caprinos de leite. Esse acréscimo foi puxado pela inscrição em massa de exemplares da raça Saanen: de um animal em 2024, passou a 44 inscritos nesta edição.
“Foi por causa do novo status sanitário do Brasil como zona livre de aftosa sem vacinação. Isso simplificou a vinda de animais de outros estados, dispensando a realização de quarentena para o ingresso e saída deles”, explica o presidente da Associação dos Caprinocultores do Rio Grande do Sul (Caprisul), Jônatas Breunig.
Os julgamentos morfológicos começaram com os caprinos de leite. Conforme Breunig, além dos padrões raciais esperados, os animais são avaliados por características desejáveis na produção leiteira. “Iniciando pelo úbere e pelo formato do corpo, mais triangular, a pele mais fina, boa capacidade digestiva. Animais mais descarnados, significando que a energia deles, quando comem, está direcionada para a produção de leite, em vez de manutenção de musculatura. É o oposto do que se espera de um caprino de corte”, detalha.
O julgamento dos caprinos de corte será na terça-feira (2/9), a partir das 8h30, também na Pista dos Leiteiros. “São animais mais cilíndricos, mais compridos, com preenchimento melhor nas partes das carnes mais nobres, que são a frente e os pernis”, complementa Jônatas.
Concurso leiteiro
Realizado no sábado (30/8), o concurso leiteiro dos caprinos reconheceu as melhores cabras lactantes das raças Saanen, Anglonubiana e Saanen Não PO, ou seja, sem genealogia comprovada.
“No concurso leiteiro, os animais foram "esgotados" às 18h da sexta-feira (29/8), mas essa ordenha não teve validade, foi apenas para esvaziar. Depois, foram ordenados às 8h e às 18h do sábado, e daí medimos a quantidade de leite produzida”, conta Breunig.
A campeã Saanen é do box 3574, da Agropecuária Maripa, de Jaguariuna, São Paulo, com 3.560 quilos de leite produzido. Na categoria Saanen Não PO, o vencedor foi o animal do box 3633, de Valtor Santos da Silva, de Gravataí (RS), com 4.415 quilos de leite. Já a raça Anglonubiana teve como campeã a fêmea do box 3456, de Jaqueline Soares Schneck, de Morro Reuter (RS), com a produção de 4.160 quilos de leite.