Pastagens em formação limitam uso no inverno

A bovinocultura de corte no Rio Grande do Sul apresenta condições corporais e sanitárias consideradas adequadas, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (22). O setor atravessa atualmente o período de desmame, diagnósticos de gestação e alocação de bovinos em engorda nas pastagens de inverno, em meio à redução no crescimento das pastagens nativas.

“A fase crítica de parasitas foi superada, mas ainda recomendamos a vermifugação e a vacinação preventiva como medidas essenciais de manejo sanitário”, informou a Emater/RS-Ascar.

Na região de Bagé, a elevada carga animal nas áreas de restevas de arroz tem sido sustentada pela boa disponibilidade de forragem, favorecida pela ausência de geadas. Já as pastagens cultivadas, ainda em fase de formação, estão restritas às áreas semeadas entre março e o início de abril.

No norte do estado, produtores enfrentam perdas na condição corporal dos rebanhos. “Na região de Caxias do Sul, os bovinos mantidos exclusivamente em campo nativo já mostram sinais de perda de escore corporal”, relata o boletim. Em Erechim, os efeitos da redução do rebrote de pastagens, tanto nativas quanto de verão, já são percebidos pelos produtores. A queda das temperaturas tem dificultado o crescimento das forrageiras e reduzido a oferta de alimento para os animais.

Em Frederico Westphalen, o controle de ectoparasitas segue em andamento, com foco na prevenção. Na região de Passo Fundo, o mercado de feiras e remates continua aquecido, com elevação dos preços e boas expectativas de comercialização para os produtores locais.

A Emater/RS-Ascar também informou o registro de um caso de raiva em bovinos no interior do município de Pinheiro Machado, na região de Pelotas. “Os pecuaristas da área estão sendo orientados a vacinar preventivamente seus rebanhos”, alertou a instituição.

Na região de Porto Alegre, segue a fase final dos diagnósticos de gestação, com a retirada dos touros e o início do desmame dos terneiros, ação que visa preservar a condição corporal das matrizes diante do vazio forrageiro provocado pela estiagem.

Em Santa Maria, as chuvas recentes mantiveram a umidade do solo em níveis adequados, promovendo crescimento das pastagens e recuperação parcial do campo nativo antes da chegada do frio mais intenso. Já em Santa Rosa, a baixa oferta de animais com bom acabamento pressiona a demanda por parte dos frigoríficos, o que pode resultar em novos aumentos nos preços.

Na região de Soledade, o clima ameno e as chuvas favoreceram o crescimento das pastagens. Contudo, a infestação de carrapatos segue elevada, mesmo com a adoção de rotação de pastagens e controle químico.