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Soja fecha junho com queda em Chicago

Dois fatores deram suporte altista ao mercado da soja



Dois fatores deram suporte altista ao mercado da soja Dois fatores deram suporte altista ao mercado da soja - Foto: Leonardo Gottems

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago encerraram a sessão desta segunda-feira de forma mista, pressionados por estoques elevados e sinais de demanda enfraquecida. Segundo análise da TF Agroeconômica, os contratos de julho e agosto da oleaginosa recuaram 0,34%, fechando em US\$ 1.024,25 e US\$ 1.029,75 por bushel, respectivamente.

A divulgação dos relatórios do USDA sobre estoques trimestrais e área plantada impactou diretamente as cotações. Embora a área semeada tenha ficado em linha com as expectativas — 33,74 milhões de hectares, quase igual aos 33,79 milhões previstos em março —, os estoques em 1º de junho surpreenderam negativamente: 27,43 milhões de toneladas, 3,9% acima do ano anterior e acima da média projetada pelo mercado (26,67 milhões). A fraca demanda em junho, especialmente pela China, reforçou o viés de baixa.

Apesar disso, o óleo de soja foi destaque positivo no mês. Impulsionado por fatores como o aumento do mandato de biodiesel nos EUA e tensões no Oriente Médio, o produto acumulou valorização de quase 12% em junho. No fechamento do dia, o contrato de óleo para julho subiu 0,11%, cotado a US\$ 52,51 por libra-peso. Já o farelo teve leve alta de 0,07%, encerrando a US\$ 271,30 por tonelada curta.

Condições climáticas favoráveis no cinturão agrícola dos EUA também pesaram sobre os preços, com boas chuvas registradas nesta segunda-feira. O cenário climático positivo para o milho e a soja, somado ao desinteresse chinês pela nova safra americana, mantém o mercado em alerta para os próximos movimentos.

Dois fatores deram suporte altista ao mercado da soja: o iminente aumento das tarifas de exportação (retenciones) na Argentina, que pode desacelerar as vendas do complexo soja no país, e a valorização do real frente ao dólar, que reduz a competitividade da soja brasileira. Além disso, o USDA confirmou a venda de 204 mil toneladas de farelo de soja dos EUA para destinos desconhecidos na safra 2025/26, o que também contribuiu positivamente para o mercado.
 

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