A soja só sobe em Chicago

Segundo a TF Agroeconômica, a soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em alta nesta terça-feira, impulsionada por ajustes técnicos e preocupações com a qualidade da safra americana. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, subiu 0,70%, encerrando a US$ 1040,75 por bushel. Já o contrato de agosto avançou 0,68%, a US$ 1034,25. No mercado de derivados, o farelo de soja para julho teve leve alta de 0,20%, cotado a US$ 294,50 por tonelada curta. O óleo de soja, por sua vez, subiu 1,15%, fechando a US$ 46,81 por libra-peso.

A valorização foi motivada por uma recuperação técnica, após fortes perdas acumuladas na última semana, além de compras de oportunidade, especialmente no óleo de soja. As preocupações climáticas também pesaram sobre as cotações, com destaque para as chuvas intensas no fim de semana que podem prejudicar o andamento do plantio e afetar a classificação das lavouras nas próximas semanas.

O relatório semanal do USDA trouxe dados considerados levemente altistas. A agência apontou que 67% das lavouras americanas estão em boas ou excelentes condições, abaixo da expectativa média do mercado, que era de 68%, dentro de uma faixa entre 63% e 72%. Apesar disso, o plantio avançou bem, chegando a 84% da área planejada, superando os 76% da semana anterior e os 80% da média dos últimos cinco anos.

“A moagem de soja dos EUA totalizou cerca de 5,5 milhões de toneladas em abril, de acordo com um relatório de ontem do USDA. Isso é modestamente abaixo do volume de março, de 5,6 MT, mas bem acima do comparativo anual de 4,8 MT. A moagem doméstica de canola caiu para 161.022 toneladas em abril, entretanto”, conclui.