Erva mate: falta de mão de obra eleva custo da colheita
Colheita da erva-mate avança no Rio Grande do Sul em julho

O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na quinta-feira (17), apontou que o cultivo da erva-mate segue em andamento na região administrativa de Frederico Westphalen, apesar das deficiências de chuvas registradas em julho. Segundo o boletim, a colheita e o armazenamento da cultura ocorrem normalmente. Contudo, o ritmo das exportações é mais lento devido à instabilidade no mercado internacional.
Na avaliação da Emater, a folha de erva-mate indicada ao chimarrão tem sido comercializada entre R$ 18,00 e R$ 20,00 por arroba, entregue na indústria. Para exportação e produção de tererê, os valores estão em torno de R$ 16,00 por arroba. As mudas de erva-mate são vendidas por R$ 2,80 por unidade.
Na regional de Passo Fundo, o tempo estável permitiu a retomada da colheita e a recomposição dos estoques de matéria-prima. Os preços na região variam de R$ 17,00 a R$ 20,00 por arroba, a depender do município, da variedade e do sistema de processamento. Em Machadinho, a erva comum foi negociada a R$ 18,00, enquanto a variedade Cambona 4 alcançou R$ 19,50. Já nos municípios de Machadinho e Mato Castelhano, a erva-mate destinada ao sistema de secagem barbaquá atingiu R$ 20,00 por arroba. As mudas foram vendidas a R$ 1,50 por unidade.
Na regional de Santa Maria, muitos produtores aguardaram os melhores preços ou optaram por realizar a derrubada dos ervas. O valor pago pela indústria é de R$ 17,00 por arroba, o que, segundo a Emater, é considerado insatisfatório pelos agricultores.
Em Soledade, as condições climáticas favoreceram os trabalhos de campo, mas a oferta elevada tem dificultado a comercialização. O planejamento e o replantio de mudanças seguem em andamento. Em Itapuca e Mato Leitão, os preços variaram de R$ 14,00 a R$ 18,00 por arroba, conforme os dados das ervateiras locais.
Na região de Erechim, o preço da erva-mate entregue à indústria foi de R$ 17,00 por arroba. A escassez de mão de obra tem sido apontada como um dos principais desafios da atividade, com custo mínimo de R$ 10,00 por arroba apenas para a colheita.