Mercado de feijão se aquece com oferta reduzida
Os preços começaram a refletir a menor oferta disponível no mercado

Com informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), o mercado de feijão no Paraná tem registrado uma expressiva valorização nas últimas semanas. A colheita do feijão-carioca está na reta final, o que reduziu significativamente a oferta no mercado. Como reflexo, compradores estão dispostos a pagar até R\$ 280 pela saca do tipo 8,5/9, com negócios pontuais já superando esse valor, impulsionados especialmente pela escassez de grãos de boa qualidade.
“Com a colheita do feijão no Paraná entrando na reta final, os preços começaram a refletir a menor oferta disponível no mercado. Para o feijão-carioca tipo 8,5/9, há um número crescente de compradores dispostos a pagar até R$ 280/sc, e pontualmente os negócios já superam essa faixa. A escassez de produto com boa qualidade tem sido o motor dessa valorização”, comenta.
No segmento do feijão-preto, a semana foi marcada por grande oscilação tanto na qualidade dos lotes quanto nos preços praticados. As negociações variaram entre R\$ 120 e R\$ 150 por saca. Apesar disso, o valor mais alto ainda não está consolidado de forma ampla no mercado. Segundo o IBRAFE, o comportamento dos produtores será decisivo nas próximas semanas, especialmente quanto à retenção de lotes de qualidade, que pode sustentar e firmar esse novo patamar.
A pressão de credores também entra na equação, podendo influenciar a decisão dos produtores sobre vender ou segurar seus estoques. Caso haja firmeza na retenção, especialmente nos lotes de qualidade superior, é possível que o mercado T1 consolide o patamar de R\$ 150/sc como novo piso. O cenário segue dinâmico, e o IBRAFE reforça que continuará acompanhando de perto os movimentos do mercado, atentos às oportunidades que surgirem tanto para produtores quanto para compradores.