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Exportações gaúchas ainda sofrem com efeitos da estiagem

Exportações do Rio Grande do Sul caem em julho



Foto: Divulgação

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) divulgou nesta quarta-feira (20) os resultados das exportações gaúchas em julho de 2025. O levantamento aponta retração em relação ao mesmo período do ano passado. O valor exportado caiu 20%, passando de US$ 1,5 bilhão em 2024 para US$ 1,2 bilhão em 2025. O volume recuou 36%, com 1,6 milhão de toneladas, contra 2,4 milhões de toneladas no ano anterior.

Segundo a Farsul, o valor total comercializado pelo estado em julho foi de US$ 1,7 bilhão, dos quais o agronegócio respondeu por 69%. Em termos de volume, a participação do setor chegou a 87% do total estadual.

A entidade destacou que a estiagem segue sendo o principal fator de impacto sobre os resultados. “A queda de valor e volume aconteceu principalmente com a soja em grão, que exportou US$ 337 milhões a menos que no mesmo período de 2024. É um sinal claro de que são necessárias soluções efetivas para diminuir o efeito da estiagem na economia gaúcha”, afirmou a Farsul.

O relatório também apontou retração nas exportações de farelo de soja, com destaque para a redução de US$ 37 milhões nas vendas para o Irã. Produtos florestais, como a celulose, também registraram diminuição em razão do excesso de oferta no mercado.

Na proteína animal, carne bovina e suína tiveram aumento nas vendas externas, enquanto o frango apresentou queda em função da suspensão temporária das importações pela China, devido à doença de Newcastle, e por países do Oriente Médio, por conta da gripe aviária. Ainda assim, a Farsul ressaltou avanços em mercados como Japão, Singapura, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Os Estados Unidos se destacaram entre os destinos, com crescimento de 32% no valor e 61% no volume exportado em relação a julho de 2024. Já a Ásia (sem considerar o Oriente Médio) manteve-se como principal destino das exportações do agro gaúcho, somando US$ 532 milhões e 976 mil toneladas. A Europa ficou em segundo lugar, com US$ 330 milhões, sendo US$ 265 milhões destinados à União Europeia. A América do Norte ocupou a terceira posição, com US$ 104 milhões.

Entre os países, a China liderou a lista dos parceiros comerciais, com US$ 312 milhões e participação de 25,5% no valor. Na sequência, vieram Bélgica (11%), Estados Unidos (7,7%), Vietnã (5,8%) e Emirados Árabes Unidos (4,1%).

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