Soja fecha em alta em Chicago com trégua tarifária
A elevação nos preços foi atribuída a um conjunto de fatores agrícolas positivos

Segundo a TF Agroeconômica, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a segunda-feira (12/08) em forte alta, impulsionados por um acordo entre Estados Unidos e China que prevê uma redução tarifária por 90 dias. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, subiu 1,85%, ou 19,50 cents por bushel, fechando a US\$ 1071,25. Já o contrato de agosto teve alta de 2,01%, ou 21,00 cents por bushel, a US\$ 1068,25. O farelo de soja para julho avançou 1,36% (US\$ 4,00 por tonelada curta), encerrando a US\$ 298,10, enquanto o óleo de soja subiu 2,78% (US\$ 1,35 por libra-peso), fechando a US\$ 49,92.
A elevação nos preços foi atribuída a um conjunto de fatores agrícolas positivos, como relatório de oferta e demanda (WASDE) do USDA considerado favorável, embarques de exportação acima da média da semana anterior e uma nova venda significativa de soja para o México. No entanto, o fator predominante foi o anúncio da suspensão temporária da guerra tarifária entre Washington e Pequim, que nos últimos anos havia dificultado severamente o comércio bilateral de grãos.
Pelo acordo, a Casa Branca reduzirá as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto o governo chinês diminuirá suas taxas sobre importações americanas de 125% para 10%. A medida visa abrir caminho para uma retomada nas negociações comerciais e no fluxo de mercadorias entre as duas maiores economias do mundo, especialmente nos setores agrícolas e industriais.
Apesar do otimismo, analistas ponderam se a forte alta desta segunda-feira representa um movimento consistente ou apenas um entusiasmo passageiro do mercado. O desempenho futuro dependerá da concretização das promessas de compra chinesas e da manutenção do acordo ao longo dos próximos três meses.