Verão europeu tem efeitos distintos sobre as safras
USDA alerta para calor no sudeste europeu

O Weekly Weather and Crop Bulletin, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), revelou que chuvas generalizadas e temperaturas mais amenas prevaleceram sobre o centro e norte da Europa, enquanto o sudeste do continente atrai calor intenso, desfavorável ao desenvolvimento das culturas de verão em fase reprodutiva.
Segundo o boletim, uma mudança acentuada na corrente de jato em direção ao sul trouxe precipitações moderadas a fortes, entre 10 e 95 milímetros, à metade norte da Europa. Essa umidade beneficia o cultivo de milho, girassol e soja em estágios reprodutivos. As temperaturas médias variaram entre 1 e 2°C em relação aos padrões históricos, o que contribuiu para reduzir o risco de estresse térmico nas culturas sensíveis ao calor.
Na Espanha, o boletim destacou que as temperaturas atingiram de 1 a 3°C abaixo da média, o que amenizou o estresse térmico recente sobre as culturas irrigadas de milho e girassol. No norte da Itália, temperaturas mais suaves e chuvas de 15 a 85 milímetros estabilizaram as condições das culturas de milho e soja em projetos reprodutivos e de enchimento.
Em contrapartida, o sul da Romênia e o norte da Bulgária registraram chuvas isoladas, insuficientes para compensar o calor excessivo. As temperaturas máximas chegam a 40°C, afetando o milho em fase de desenvolvimento de bolhas, com um pico de 43,4°C ao longo do rio Danúbio, no sudoeste romeno. Situação semelhante foi observada no centro e norte da Grécia, onde o calor de até 43,8°C compromete a proteção do algodão e de outros trabalhos irrigados em fases reprodutivas e de enchimento.