Milho fecha semana em queda na B3 e em Chicago
A cotação de julho caiu 1,11% no dia

Segundo dados da TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho encerraram esta sexta-feira (16) e a semana em baixa na B3, pressionados por dois fatores principais: o aumento da estimativa de produção divulgado pela Conab e a confirmação de um caso de gripe aviária no Sul do Brasil. A Conab projetou uma produção total de 126,9 milhões de toneladas para a safra 2023/24, o que representa um crescimento de 9,9% em relação ao ciclo anterior. A notícia pesou sobre as cotações, que já vinham pressionadas por excesso de oferta.
Além disso, a detecção de gripe aviária levou a China — responsável por 10,8% do mercado de frango brasileiro — a suspender temporariamente as importações, medida seguida por outros países ao longo do final de semana. Como o milho é um insumo fundamental na ração de aves, a expectativa de queda na demanda por parte da avicultura também contribuiu para o recuo das cotações.
Na B3, os fechamentos do dia refletiram esse cenário. O contrato julho/25 encerrou a R\$ 62,01, com baixa de R\$ 0,46 no dia e de R\$ 2,16 na semana. Já o setembro/25 fechou em R\$ 67,15, queda de R\$ 0,61 no dia e de R\$ 0,88 na semana. O indicador Cepea também registrou retração semanal de -0,19%.
No mercado internacional, o milho negociado na Bolsa de Chicago (CBOT) também acumulou perdas. A cotação de julho caiu 1,11% no dia, para US\$ 443,50 por bushel, e encerrou a semana com baixa de 6,25% ou US\$ 1,39 por bushel. O ritmo acelerado do plantio nos EUA, somado às boas perspectivas para as safras no Brasil e na Argentina, além da concorrência dos preços baixos do trigo, seguem pressionando o cereal.